© Jimmy Cliff/Instagram

Morre jimmy cliff, lenda do reggae, aos 81 anos

O mundo da música lamenta a perda de Jimmy Cliff, ícone do reggae, que faleceu nesta segunda-feira (24), aos 81 anos. A confirmação da morte veio através de sua esposa, Latifa, em uma publicação emocionante na conta oficial do artista no Instagram. Latifa expressou gratidão à família, amigos, colaboradores e à equipe médica que acompanhou o músico durante sua vida. Em uma mensagem dirigida aos fãs, Latifa ressaltou que o apoio do público foi a força motriz de Jimmy Cliff ao longo de sua extensa carreira, e que o cantor apreciava imensamente o carinho de cada um.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também se manifestou sobre a perda, destacando o papel fundamental de Jimmy Cliff ao lado de Bob Marley e Peter Tosh na disseminação do reggae pelo mundo. Ela relembrou momentos musicais inesquecíveis que compartilhou com o artista durante o período em que ele residiu na Bahia.

São Luís do Maranhão, cidade conhecida como a “Capital Nacional do Reggae”, celebrou o ritmo que consagrou Jimmy Cliff no último fim de semana. Ademar Danilo, pesquisador e gestor do Museu do Reggae, enfatizou a profunda ligação entre a capital maranhense e a música jamaicana. “Ontem São Luís foi dormir em festa com o maior festival de reggae da América Latina, o Ilha do Reggae. E hoje a nossa cidade, o nosso estado acorda triste com a morte de Jimmy Cliff. Um dos artistas mais celebrados aqui na Jamaica brasileira. Ele foi rei no Maranhão. As músicas dele estão marcadas na formação da preferência dos maranhenses pelo reggae”, declarou Danilo.

Nascido em Saint James, Jamaica, Jimmy Cliff iniciou sua trajetória musical na adolescência, após mudar-se para Kingston. Sua carreira decolou em 1967 com o lançamento do álbum “Hard Road to Travel”. No cenário do reggae, sua voz alcançou projeção internacional antes mesmo de Bob Marley, tornando-se um dos precursores do gênero.

Ao longo de mais de 50 anos de carreira, Jimmy Cliff colaborou com artistas de diversos estilos, incluindo Rolling Stones, Annie Lennox e Paul Simon. Sua discografia conta com dezenas de álbuns que originaram clássicos como “Wonderful world, beautiful people”, “Reggae Night”, “Rebel in Me” e “I Can See Clearly Now”.

Em 1972, protagonizou o filme “Balada Sangrenta”, que desempenhou um papel crucial na disseminação da cultura rastafári e do reggae para audiências globais.

A relação de Jimmy Cliff com o Brasil é marcada por diversos momentos importantes. Ele participou do Festival Internacional da Canção no final dos anos 60, gravou um videoclipe no país e colaborou com artistas brasileiros como Cidade Negra, Olodum, Titãs e Gilberto Gil, com quem realizou uma turnê no início dos anos 80. Lançou um álbum ao vivo gravado no Brasil e outro com versões em inglês de músicas brasileiras. Jimmy Cliff chegou a residir no Rio de Janeiro e na Bahia, onde nasceu sua filha, a cantora e atriz Nabiyah Be, fruto de seu relacionamento com a brasileira Sônia Gomes da Silva.

Informações sobre o velório e enterro de Jimmy Cliff ainda não foram divulgadas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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