O Carnaval pode ser um período de quebra de regras – mas não todas. Para que não se perca a consciência de que Não é Não, e de que “o espaço pode ser público, mas o meu corpo não”, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) estará presente nos circuitos dos blocos de rua e no sambódromo de São Paulo, com profissionais qualificados para receber denúncias e acolher vítimas de assédio sexual de acordo com o protocolo Não Se Cale, e de outras violações como racismo e LGBTfobia.
Também haverá a distribuição de pulseiras para a identificação de crianças, de modo a facilitar sua localização caso elas se percam dos responsáveis. Se for dada falta de algum adulto, o serviço da Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos também poderá ser acionado.
No carnaval de rua, as tendas de Direitos Humanos estarão a postos desde o pré-carnaval, começando no dia 03 de fevereiro, das 10h às 19h, montadas estrategicamente ao lado dos Postos de Atendimento Médico e acompanhadas de uma Unidade Móvel. Também haverá pessoas no apoio circulando entre os blocos, vestidas com camiseta rosa-choque, para orientar os foliões sobre como proceder se forem assediadas ou importunadas e, se for o caso, encaminhá-las para o atendimento especializado.
O Ônibus Lilás, da Coordenação de Políticas para Mulheres, ficará estacionado no centro da cidade, em frente ao Shopping Light (Rua Xavier de Toledo, 23).
No Sambódromo a equipe da SMDHC estará presente todos os dias, desde o desfile do Grupo de Acesso no dia 03 até o desfile das campeãs no dia 17. Com uma tenda no Corredor de Serviços do local, a equipe de plantão contará com o apoio do programa Guardiã Maria da Penha, da Guarda Civil do município, e garantirá que a pessoa atendida possa chegar até uma viatura se o deslocamento for necessário. Além disso, avisos sonoros serão veiculados nos intervalos dos desfiles com orientações, cartazes informativos estarão afixados em locais estratégicos e pessoas que vão trabalhar no sambódromo serão sensibilizadas para saber como proceder diante de violações de direitos.
Durante o desfile das escolas de samba, entre uma apresentação e outra, equipes da SMDHC vão exibir faixas com mensagens de proteção aos Direitos Humanos e informações relevantes sobre os serviços oferecidos.
“Mas o mundo não está ficando chato?”
Não senhores. Só é brincadeira se os dois acharem graça. Se uma pessoa estiver se divertindo às custas do constrangimento ou desrespeito aos limites da outra pessoa, isso sim é chato.
“A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania São Paulo quer contribuir para que todo mundo se divirta – todo mundo mesmo”, reforça a Secretária Adjunta Marcia Francine, “e conta com o engajamento de todo mundo que tem essa noção”. Nosso time estará distribuindo tatuagens temporárias com mensagens como “Pedir para parar, parou” e “Racismo é Crime”.
Ah, e beba água, para evitar a hipertermia que pode até matar (desculpe se parecemos desagradáveis, mas é verdade) e para evitar que você se esqueça quem é, onde está e o que fez – e a ressaca vá muito além do Carnaval.
Locais onde estarão as tendas de Direitos Humanos
Zona Sul
Obelisco (Rua Abílio Soares com Praça Eisenhower) em todos os dias de pré, carnaval e pós.
R. Laguna (entre R. Bragança Paulista e R. Castro Verde) nos dias 03, 04, 17 e 18.
Centro
Shopping Light (Rua Xavier de Toledo com Viaduto do Chá) em todos os dias de pré, carnaval e pós.
Zona Oeste
Av. Henrique Schaumann (Esquina com Rua Arthur Azevedo) em todos os dias de pré, carnaval e pós.
Av. Faria Lima (esquina com Rua Santa Justina) nos dias 10, 11, 12 e 13.
Av. Marquês de São Vicente (em frente ao Fórum Trabalhista) nos dias 03, 04, 12, 13, 17 e 18.
Rua dos Pinheiros (em frente à Praça Portugal) no dia 04.
Av. Paulo VI (R. Ministro de Godoy com a Av. Sumaré) nos dias 10, 11, 13 e 17.
Zona Norte
Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó (em frente ao mirante da Matriz) no dia 11.
Zona Leste
R. Alvinópolis, 2.971 no dia 03.
Praça Serra de Tape no dia 18.
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