Moradores de ocupação protestam no Centro de SP após Sabesp suspender água de prédio em que vivem; Av. São João foi bloqueada

Moradores de uma ocupação localizada na região central da cidade de São Paulo protestaram na tarde desta quinta-feira (3) após a Sabesp suspender o abastecimento de água do prédio em que as famílias vivem.

Os manifestantes atearam fogo em pedaços de madeira e outros objetos e bloquearam a Avenida São João na altura do número 407, em frente à Galeria do Rock e ao Largo do Paissandu.

A Guarda Civil Metropolitana (GMC) de São Paulo informou que o prédio foi ocupado na noite de domingo (30) e, nesta quinta, alguns moradores supostamente hostilizaram técnicos da Sabesp responsáveis pela interrupção de uma ligação clandestina de água.

Avenida São João, na região central de São Paulo, é bloqueada por manifestantes após reintegração de posse — Foto: David Irikura/TV Globo

Avenida São João, na região central de São Paulo, é bloqueada por manifestantes após reintegração de posse — Foto: David Irikura/TV Globo

O vereador Eduardo Suplicy (PT) compareceu ao local e conversou com o prefeito em exercício, Milton Leite (União), que explicou que a grande preocupação da prefeitura é com o estado de conservação do prédio e, por isso, quer que as famílias deixem o local. Os moradores dizem que estão aguardando desde 2019 uma resposta para o problema de moradia.

Segundo a GCM, os agentes não estão promovendo uma reintegração de posse, mas os guardas estão autorizando apenas mulheres e crianças a entrarem no prédio.

Vereador Eduardo Suplicy (PT) compareceu à manifestação nesta quinta-feira (3) — Foto: Walace Lara/TV Globo

Vereador Eduardo Suplicy (PT) compareceu à manifestação nesta quinta-feira (3) — Foto: Walace Lara/TV Globo

De acordo com a Prefeitura de SP, o prédio “está referenciado para a construção de 70 unidades habitacionais”. A gestão municipal afirmou que o prédio foi utilizado para acolhimento de pessoas que vivem em situação de rua entre 1º dezembro de 2020 e 6 de maio deste ano. (confira abaixo a íntegra da nota)

“A Sabesp suprimiu o abastecimento a pedido da Prefeitura Municipal de São Paulo, proprietária do imóvel”, disse a empresa em nota.

Agentes da GCM em frente ao prédio ocupado — Foto: Walace Lara/TV Globo

Agentes da GCM em frente ao prédio ocupado — Foto: Walace Lara/TV Globo

A SPTrans disse que 33 linhas de ônibus que operam na Avenida São João e possuem ponto final no Largo do Paissandu tiveram a operação prejudicada. Segundo a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), a via foi liberada após o protesto.

Em nota, o prefeito interino, Milton Leite (União Brasil), informou que “a questão é de segurança pública e o trabalho está sendo conduzido pelas autoridades policiais”.

Nota da Prefeitura de SP

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), lamenta a invasão e ocupação de um prédio público que já está referenciado para a construção de 70 unidades habitacionais.

Além de manter diálogo permanente com entidades sociais, a atual gestão modernizou a política habitacional e prepara um dos maiores investimentos dos últimos anos no setor. Só o programa Pode Entrar vai adquirir 45 mil unidades habitacionais, agilizando o atendimento na capital.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), que durante o convênio com a COHAB (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), usou o prédio para acolhimento de pessoas que vivem em situação de rua no período entre 01 de dezembro de 2020 até 06 de maio deste ano, por meio dos orientadores socioeducativos do SEAS (Serviço Especializado de Abordagem Social), ofereceu encaminhamento aos serviços de acolhimento da Prefeitura, mas as pessoas não aceitaram.

O Edifício Art Palácio, localizado no Largo do Paissandu, nº407, foi ocupado na noite do último domingo (30/10), por volta das 23h. De acordo com o Boletim de Ocorrência, estima-se que cerca de 100 pessoas ocuparam ilegalmente o local”.

Fonte: G1

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