Maternidade e o Trabalho

Acho incrível o poder que a maternidade exerce na vida das mulheres, maternar realmente nos tira da zona de conforto e nos leva a caminhar em longos passos, passos esses, que muitas vezes nos levam a uma viagem interna, em endereços que jamais pensamos em ir.

Ser mãe vai além de gerar um filho, embora eu seja apaixonada pela forma que tudo acontece dentro de nós, acho incrível a capacidade de gerar vidas, é um verdadeiro milagre!

Ao vermos ou ouvirmos a notícia POSITIVO, uma explosão de sentimentos inunda nosso ser: alegria, entusiasmo, satisfação, medo, ansiedade, são alguns que anda lado a lado conosco, durante 40 semanas. O tempo passa, os desafios são vencidos um a um e o grande momento chega: o dia de conhecer o maior amor das nossas vidas. Posso dizer que foi um dia inesquecível. Nasce o bebê e com ele nasce uma mãe. Penso que o maior desafio que enfrentamos com a chegada do bebê, é entender que apesar de nascermos como mãe, não precisamos “morrer” como mulher. Focamos toda nossa energia nos cuidados dele, sonhos que outrora eram importantes, são deixados de lado, e sim, precisamos parar um pouco nossas vidas no início, porém chega um tempo que é necessário renascer após a maternidade. Esse renascer é um resgate da mulher que éramos antes de ser mãe, é claro que quando conseguimos renascer, essa mulher vem em uma melhor versão! Vivemos em um momento em que muitas mulheres abrem mão das suas vidas profissionais no intuito de cuidar e dedicar-se integralmente aos filhos, pelo menos nos primeiros anos.
Não tem problema em tomar essa decisão, mas muitas mulheres com o passar do tempo, sentem falta de exercer seus papéis (mulher, esposa, profissional, filha, amiga, dentre outros). Portanto, vale lembrar que ser mãe em tempo integral, faz você acreditar no mito que, para ser uma boa mãe é necessário anular todos os papéis que exercia antes.

Se você quer ser uma boa mãe e entregar o melhor para seus filhos, é interessante buscar o equilíbrio entre ser uma boa mãe e cumprir todos os outros papéis que fazem parte de quem você é.

Temos também as mães “sofredoras”, aquelas que saem de licença do trabalho ou mesmo as empreendedoras que precisam voltar ao trabalho entre os quatro e cinco meses de seus bebês. Para essas mamães é válido lembrar que muitas vezes não é a quantidade de tempo que temos com os filhos, mas a qualidade do tempo que entregamos para eles. Independente da mãe que você é, existem 3 passos que farão diferença na sua jornada.

1- Autoconhecimento
2- Rede de Apoio
3- Se colocar em ação

Conhecer-se profundamente sabendo quem é, o que quer, mas não ter uma rede de apoio, pode te impedir de agir de acordo com seus planos.

Por outro lado, ter uma rede de apoio, decidir agir, mas não saber quem é, e onde quer chegar, também vai te impedir de avançar. O passo mais seguro, que te levará a exercer uma maternidade segura e confiante é o autoconhecimento. É importante você compreender que o autoconhecimento fortalece sua identidade, isso refletirá no seu bem-estar próprio e no da família em geral. Vale ressaltar que independente da sua escolha em relação à maternidade, o mais importante é seu bem-estar, pois é necessário que as mães estejam bem para cuidar de suas famílias.

Vemos muitas famílias abdicando de tudo, tomando todas as decisões focadas nos filhos e isso pode ser perigoso. Lembre-se: a mãe é o espelho do filho, todas as vezes que eles olharem para você e não estiver bem, eles também ficarão descompensados emocionalmente. Da mesma maneira se eles olharem para você, fazendo as escolhas certas e buscando o equilíbrio emocional, com certeza sua família e seus filhos estarão muito bem também!

Autoconhecimento é vida, busque-o.

Selma Cezar

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