Lula anuncia 16 novos nomes e diz que ‘faltam 13 ministérios’

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (22) nomes de ministros que integrarão o futuro governo. Entre as supresas, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) assume o Ministério da Indústria e Comércio. Lula já havia dito que o vice não seria ministro, mas voltou atrás.

Esta não é a primeira vez que o vice-presidente da República assume um ministério. No primeiro governo Lula (2003-2005), o então vice, José Alencar, comandou o Ministério da Defesa. Além disso, no governo Dilma Rousseff (2011-2016), o então vice, Michel Temer, chefiou a Secretaria de Relações Institucionais.

Entre as confirmações, a pasta do Desenvolvimento, que era pleiteada pela ex-candidata à presidência Simone Tebet (MDB-MT), será chefiada pelo ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

O ex-governador do Ceará e senador eleito, Camilo Santana (PT), será ministro da Educação, e o deputado Alexandre Padilha (PT) assume a Secretaria de Relações Institucionais.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade, pesquisadora e médica sanitarista, será gestora do Ministério da Saúde.

A cantora Margareth Menezes vai assumir o Ministério da Cultura.

Um dos nomes mais aplaudidos durante o anúncio foi o da educadora e jornalista Anielle Franco (PSOL-RJ), irmã da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) assassinada em 2018.

Entre todos os nomes anunciados, por enquanto, apenas seis são de mulheres.

Nomes anunciados nesta quinta:

  • Secretaria-Geral da Presidência – Márcio Macedo (PT)
  • Relações Institucionais – Alexandre Padilha (PT)
  • Advocacia-Geral da União (AGU) – Jorge Messias
  • Ministério da Ciência e Tecnologia – Luciana Santos (PCdoB)
  • Ministério da Cultura – Margareth Menezes
  • Ministério do Desenvolvimento Social – Wellington Dias (PT-PI)
  • Ministério do Trabalho – Luiz Marinho (PT-SP)
  • Ministério da Indústria e Comércio – Geraldo Alckmin (PSB-SP)
  • Ministério da Educação – Camilo Santana (PT)
  • Ministério da Igualdade Racial – Anielle Franco
  • Ministério da Saúde – Nisia Trindade
  • Ministério das Mulheres – Aparecida Gonçalves
  • Ministério de Portos e Aeroportos – Márcio França (PSB-SP)
  • Ministério dos Direitos Humanos – Silvio Almeida
  • Ministério da Gestão e Inovação – Esther Dweck
  • Controladoria-Geral da União – Vinicius Carvalho

Até então, Lula havia anunciado oficialmente cinco ministros: Fernando Haddad (PT-SP) – Fazenda; Flávio Dino (PSB-MA) – Justiça; Rui Costa (PT-CE) – Casa Civil; José Múcio Monteiro – Defesa; Mauro Vieira – Relações Exteriores.

“Faltam 13”

Na abertura do evento de anúncio no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do grupo de transição em Brasília, Lula disse que os ministérios que faltam devem ser anunciados até terça-feira (27), depois do Natal, e que outros aliados ainda devem ser relacionados.

“Quem tem expectativa, não perca expectativa porque tudo pode acontecer nos próximos dias. E certamente teremos novidades e novidades do bem”, disse.

“Ainda estão faltando 13 ministros que eu e Gleisi [Hoffmann] vamos começar a trabalhar depois do almoço para a gente ver se termina e quem sabe na segunda ou na terça-feira a gente definitivamente tenha terminado de anunciar os ministérios”, disse.

“Depois que a gente anunciar os ministérios tem muita coisa para acontecer em cada ministério. Cada companheiro tem que montar sua equipe. Essa equipe é importante que atenda as pessoas mais competentes, as pessoas comprometidas com nosso projeto. E as pessoas que participaram dessa vitória, que não foi apenas o PT. Foram vários partidos que enfrentaram junto conosco essa tempestade que aconteceu no Brasil”, ponderou.

Lula já adiantou que seu novo governo terá uma composição semelhante aos mandatos anteriores exercidos entre 2003 e 2011. Na terça-feira, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) adiantou nomes de 33 dos 37 ministérios do novo governo. Segundo a parlamentar, o novo governo terá “90% da composição de cargos de 2010”.

A recriação do Ministério dos Esportes também é dada como certa por membros da transição. Devem ser incluídos ainda: Desenvolvimento Social, Meio Ambiente e Trabalho.

Confira a lista de ministérios com gestores já anunciados e os faltantes:

  • Casa Civil – Rui Costa (PT-CE)
  • Secretaria-Geral da Presidência – Marcio Macedo (PT-SE)
  • Relações Institucionais – Alexandre Padilha (PT)
  • Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  • Secretaria de Comunicação
  • Advocacia-Geral da União (AGU) – Jorge Rodrigo Araújo Messias (PT)
  • Controladoria-Geral da União (CGU) – Vinicius
  • Ministério da Agricultura e Pecuária
  • Ministério da Ciência e Tecnologia – Luciana Santos (PCdo-B)
  • Ministério da Cultura – Margareth Menezes
  • Ministério do Desenvolvimento – Wellington Dias (PT-PI)
  • Ministério da Defesa
  • Ministério da Fazenda – Fernando Haddad (PT-SP)
  • Ministério do Planejamento
  • Ministério da Gestão e Inovação – Ester Deck
  • Ministério da Indústria e Comércio – Geraldo Alckmin (PSB-SP)
  • Ministério da Educação – Camilo Santana (PT-CE)
  • Ministério da Igualdade Racial – Anielle Franco (PSOL-RJ)
  • Ministério da Integração e Desenvolvimento
  • Ministério da Justiça e Segurança – Flávio Dino (PSB-MA)
  • Ministério da Pesca
  • Ministério da Previdência
  • Ministério das Cidades
  • Ministério da Saúde – Nísia Trindade Lima
  • Ministério das Comunicações
  • Ministério de Minas e Energia
  • Ministério das Mulheres – Aparecida Gonçalves
  • Ministério de Portos e Aeroportos – Márcio França (PSB-SP)
  • Ministério do Desenvolvimento Agrário
  • Ministério do Turismo
  • Ministério dos Direitos Humanos – Silvio Almeida
  • Ministério dos Povos Indígenas
  • Ministério dos Transportes
  • Ministério do Trabalho – Luiz Marinho (PT-SP)
  • Ministério do Esporte –

Apoio do Congresso

Lula agradeceu ao Congresso Nacional, em especial aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de líderes partidários, pela aprovação da PEC da Transição que irá viabilizar promessas de campanha. “É a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da posse”, disse.

“O que parecia impossível aconteceu, com a votação expressiva. Muitos partidos que não são da base do governo apoiaram a PEC numa demonstração de solidariedade ao povo mais pobre deste País”, disse.

No fim do discurso de abertura, Lula disse que espera cobrança dos parlamentares e da população. “Nós não precisamos de puxa saco. Um governo não precisa de tapinha nas costas. Um governo tem que ser cobrado”, finalizou.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, falou agora sobre relatório final do governo de transição. Os trabalhos da transição foram divididos em mais de 30 grupos temáticos. Alckmin coordenou as atividades, enquanto ex-ministro Aloizio Mercadante chefiou grupos temáticos.

 

Fonte: Band Uol

 

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