Dermatologistas brasileiros recomendam cuidado dobrado com a exposição ao sol

As temperaturas deste verão levaram a Sociedade Brasileira de Dermatologia a recomendar cuidado redobrado com a exposição ao sol.

Nós não conseguimos ver, mas podemos sentir os raios ultravioleta do sol torrando a nossa pele. E a exposição excessiva a eles é o principal fator de risco para o câncer mais comum no Brasil em homens e mulheres. Exposição que a babá Márcia Helena Fiuza Pinto aproveitava ao máximo.

“Eu não podia ver um sol que eu botava o biquini, ia para a laje; onde fizesse sol eu estava lá. E a gente não botava protetor, não botava nada”, conta ela.

Pele clara, histórico de câncer de pele na família… Márcia já retirou dois tumores malignos do tipo menos agressivo e está em tratamento.

“Estou com 9 pontos aqui, ele tirou sexta-feira. Era um machucadinho, o machucadinho nunca cicatrizava”, diz Márcia.

Esse é mesmo um sinal importante do câncer de pele, mas há outros.

“Uma pinta que muda, aumenta de tamanho ou muda de cor ou sangra ou tem qualquer coisa diferente”, pontua Carlos Baptista Barcaui, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 

Joaquim Costa é doutor em física solar do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ele explica que estamos vivendo um período de aumento de incidência de raios ultravioleta. Primeiro, porque janeiro é o mês em que a Terra está mais próxima do sol.

“Essa pequena diferença de 3% na distância acaba resultando numa variação de mais ou menos 6%, 6,5% na radiação que chega aqui na Terra”, explica.

 

Ele também lembra que o El Niño tem provocado seca e céu limpo, sem nuvens, em várias regiões, e as nuvens funcionam barreiras aos raios.

E estamos já bem perto do chamado máximo solar, que acontece a cada 11 anos. O próximo é agora em 2025. Durante o fenômeno, explosões solares podem reduzir a espessura da camada que nos protege dos raios ultravioleta.

“Essas tempestades produzem um excesso de radiação a qual pode fazer uma destruição da camada de ozônio bastante grande”, acrescenta Joaquim.

Durante o fenômeno Máximo Solar, explosões solares podem reduzir a espessura da camada de ozônio, que nos protege dos raios ultravioleta — Foto: JN

O perigo não está em aproveitar as férias de janeiro na praia ou em outras áreas ao ar livre, o perigo está em ignorar o risco ou não se proteger da maneira correta. Neste verão, em que o El Niño trouxe sol e calor extremos, é preciso redobrar a atenção.

A orientação é da Sociedade Brasileira de Dermatologia que recomenda evitar o sol entre 9h e 15h, usar filtro solar, mas, se não der para comprar o filtro, há outras formas eficazes de se proteger.

“Se for se expor, usar roupas que cubram uma grande área corporal. De preferência, manga comprida, um tecido com a trama – quanto mais fechada for a trama do tecido, mais protegida a pessoa está -, o uso de chapéu de aba larga, o uso de óculos escuros. Eu acho que essas são dicas importantes e uma maneira barata da pessoa se proteger do sol num país tropical como o nosso”, orienta o Dr. Carlos Baptista Barcaui.

 

 

Fonte: G1 / JN

 

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