No primeiro teste, os pilotos da GM simularam o consumo rodoviário em velocidades de 60 km/h a 140 km/h, com intervalos de 20 km/h. Para eliminar variáveis, essa avaliação foi feita em um percurso circular que replica uma reta infinita. Isso significa que consideramos uma velocidade constante e uma pista sem subidas ou descidas.
Assim, descobrimos que a velocidade mais econômica é também a menor. A 60 km/h, o Chevrolet Onix Plus registrou impressionantes 30,7 km/l. Mas é claro que dirigir em uma condição como essa acaba sacrificando o tempo de viagem.
O gráfico abaixo mostra como a velocidade interfere no tempo gasto para completar uma viagem de 200 quilômetros. Por isso, o melhor equilíbrio entre consumo e tempo é dirigir a 100 km/h. Nessa condição, foram 22,4 litros de gasolina, R$ 67 e 1h40.
Se o motorista optar por acelerar a 120 km/h, o limite máximo permitido nas rodovias brasileiras, o tempo seria reduzido em apenas 20 minutos e o gasto adicional seria de 4,3 litros, o equivalente a R$ 16 na época do teste.
O segundo teste foi feito para mostrar se um dos maiores mitos se confirma. Será que rodar com ar-condicionado ligado realmente deixa o carro mais beberrão? Se sim, quanto?
Para isso, fizemos três voltas de controle a 100 km/h com o Chevrolet Tracker. O consumo com as janelas fechadas foi de 18,6 km/l. Em seguida, só com a janela dianteira aberta, o rendimento já caiu para 18 km/l.
Por fim, no último teste, com o ar-condicionado gelando a cabine, o registro foi de 17,4 km/l. Ou seja, a diferença de custo é bem pequena. Se você optar por não ficar com vento no rosto, o acréscimo é de R$ 2,27 a cada 100 km.
Vento na cara ou vento gelado?
Velocidade (km/h) |
100 |
100 |
100 |
Vidro |
fechado |
aberto |
fechado |
Ar condicionado |
desligado |
desligado |
ligado |
Consumo (km/l) |
18,6 |
18 |
17,4 |
Litros (/100 km) |
5,4 |
5,5 |
5,7 |
Custo extra |
R$ 0,00 |
R$ 0,76 |
R$ 2,27 |
O terceiro teste foi realizado para descobrir se adotar uma postura mais calma ao volante faz diferença no consumo. Para isso, levamos o Tracker 1.0 turbo em um circuito que simula o trânsito das grandes cidades. São diversas marcações na pista que obrigam o condutor a parar, voltar a acelerar e ainda dirigir em velocidades entre 8 km/h e 50 km/h.
Em uma primeira simulação, respeitamos os pedidos da pista, mas fizemos acelerações progressivas e antecipamos frenagens. Depois, passamos pelo mesmo trecho acelerando mais e freando mais forte nas paradas.
Em um comportamento mais progressivo, o SUV da Chevrolet fez 13,1 km/l na pista. Por outro lado, o consumo caiu para 11 km/l em uma condução mais agressiva.Levando em consideração aqueles 15 mil km rodados em um ano, a diferença de gastos chega a R$ 1.658. Veja abaixo:
Temperamento importa
Modo de dirigir |
Progressivo |
Agressivo |
Consumo |
13,1 km/l |
11 km/l |
Litros/40 km |
3 |
3,6 |
Custo / Ano |
R$ 8.289 |
R$ 9.947 |
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Diferença: R$ 1.658 |
Será que rodar com peso adicional no porta-malas faz um veículo ser menos econômico? Para responder à essa pergunta fizemos um trajeto sem carga, apenas com o motorista no Onix Plus, e outro percurso utilizando a capacidade máxima do carro (350 kg).
Nesse caso, a diferença é bem significativa. De acordo com a GM, o consumo sobe 1% a cada 35 kg extras. A prova disso está nos registros do sedã.
Só com o motorista, o consumo foi de 13,1 km/l. Com carga máxima, o sedã marcou 9,6 km/l. Isso significa que você pode gastar mais de R$ 3.330 em um ano rodando com peso desnecessário.
Seja fitness ao dirigir
Peso |
Só motorista |
Carga máxima |
Consumo |
13,1 km/l |
9,6 km/l |
Litros/40km |
3 |
4,2 |
Custo/Ano |
R$ 8.289 |
R$ 11.605 |
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Diferença: R$ 3.316
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Por fim, o último e não menos importante teste foi feito para descobrir se a calibragem dos pneus altera o consumo de combustível de um carro.
Dirigir com pneu descalibrado ainda reduz vida útil dos componentes — Foto: Divulgação
Para isso, começamos avaliando quanto o Onix Plus gasta com a condição ideal e recomendada de 35 psi. Depois, utilizando os mesmos parâmetros, mas reduzimos a pressão dos compostos para 20 psi.
Nesse caso, a diferença anual é baixa e de pouco mais de R$ 100. No entanto, o mais importante aqui é a segurança, já que existem riscos em rodar com a calibragem abaixa do recomendado.
O risco da pouca pressão
Calibragem |
Consumo |
Litros/40km |
Custo/Ano |
35 psi (recomendado) |
22,4 km/l |
1,78 |
R$ 4.918 |
20 psi |
21,9 km/l |
1,82 |
R$ 5.029 |
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Diferença: R$ 111 |
Quanto é possível economizar?
Depois de todos os testes, percebemos que é possível economizar um bom dinheiro com algumas mudanças de hábitos ao volante. Se você optar por ter uma postura mais progressiva ao dirigir, não carregar peso desnecessário e calibrar os pneus da forma correta, saiba que no final de um ano a sua economia pode ser de mais de R$ 5 mil.
Quanto custa ser vacilão?
Forma de dirigir |
R$ 1.658 |
Peso desnecessário |
R$ 3.316 |
Calibragem dos pneus |
R$ 111 |
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TOTAL: R$ 5.085 |
5 dicas para economizar combustível em qualquer situação
- Cuidado com o pé direito: Acelere progressivamente, apenas o necessário, e tenha calma para acompanhar o tráfego. Ao antecipar paradas você gasta menos.
- Siga as manutenções previstas no manual: Conserve o veículo em condições perfeitas de rodagem. Manutenções preventiva e preditiva ajudam a manter o consumo baixo.
- Não leve peso para passear: Não carregue volumes desnecessários. Peso extra gera mais despesas a longo prazo. A cada 35 kg adicionais, o consumo aumenta em 1%.
- Fique de olho na aerodinâmica: Evite enfeites bobos, como adornos na antena de teto, e acessórios sem uso, como rack e bagageiros. Até rodas erradas podem piorar o gasto.
- Mude seus hábitos ao volante: Não use recursos à toa, como ligar o farol de neblina para dar efeito estético. Acessórios elétricos usam a energia produzida pelo motor.