As cantoras Leny Andrade e Dóris Monteiro serão veladas juntas

O velório das cantoras Leny Andrade e Dóris Monteiro será aberto ao público, nesta terça-feira (25) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. As duas eram muito amigas e morreram no mesmo dia, nesta segunda-feira (24)

Leny Andrade, natural do Rio de Janeiro, era considerada uma das mais importantes cantoras brasileiras. Conhecida por sua versatilidade e habilidade em interpretar diversos estilos musicais, ultrapassou fronteiras cantando bossa nova e o samba jazz. Ela morava no Retiro dos Artistas desde 2018.

Leny Andrade no 'Conversa com Bial' — Foto: Reprodução/TV Globo

Nascida no Méier no dia 26 de janeiro de 1943, começou sua relação com a música logo na infância. Aos 9 anos, foi levada pelo pai para se apresentar no Clube do Guri, da Rádio Tupi.

Na adolescência, se apresentou no famoso Beco das Garrafas, em Copacabana, um dos principais endereços da bossa nova e do samba-jazz. Nessa fase, regravou a canção “Quem sou eu”, de Dolores Duran, sua principal referência na música.

Em 1961, lançou seu primeiro LP, chamado “A Sensação”, se tornando a voz queridinha dos compositores de jazz da época. Outro álbum de destaque foi “Estamos aí”, de 1965. Neste mesmo ano, Leny fez grande sucesso com o show “Gemini V”, ao lado de Pery Ribeiro e do Bossa 3.

 

Dóris Monteiro

Doris Monteiro performa no 'Conversa com Bial' — Foto: Reprodução/TV Globo

Dóris Monteiro era conhecida por sua voz suave e interpretação marcante que atravessou décadas e gerações. Ela nasceu no Rio de Janeiro e tornou-se uma das vozes mais queridas e respeitadas da música popular brasileira.

Em 2021, Doris foi convidada do Conversa com Bial. Na entrevista, ela relembrou momentos marcantes de sua história, como o amor por João Gilberto aos 16 anos: “Primeira paixão da minha vida.”

Na época, o pai da Bossa Nova era apenas o Joãozinho, da banda Garotos da Lua. “Ele me chamava de Dodó e eu nunca me declarei pra ele porque eu era uma menina. Eu sempre amei o João. Primeiro foi paixão, amor verdadeiro, depois foi pela pessoa que ele era, aquele músico maravilhoso. João era meu ídolo.”

Em outro momento do programa Conversa com Bial, Dóris falou sobre a decisão de não ter sido mãe, e declarou que se sentia abençoada por sua trajetória artística:

“Não deu tempo. Eu sempre protelei porque sempre fui apaixonada pela minha carreira, sabe? Mas eu não me arrependo, não. Tenho grandes amigos que me tratam como uma mãe, sabe? Sou feliz mesmo sem filhos. Posso dizer, Bial, que eu fui abençoada. Porque vejo pessoas que batalham, que lutam muito e não conseguem chegar no ápice.”

“Eu fui uma pessoa que tive portas abertas. Foi uma grande chance. Deus foi muito bom para mim.”

 

Fonte: G1 – Gshow

 

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