© Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil

Mais de 400 milhões de crianças sofrem com a pobreza globalmente

Um relatório recente lança luz sobre a dura realidade enfrentada por milhões de crianças em todo o mundo. Intitulado “Situação Mundial das Crianças 2025: Erradicar a Pobreza Infantil – Nosso Dever Comum”, o estudo revela que 417 milhões de meninos e meninas enfrentam privações severas em áreas essenciais para seu desenvolvimento e bem-estar.

A análise abrange dados de mais de 130 países de baixa e média renda, adotando uma abordagem multidimensional da pobreza que vai além da simples falta de recursos financeiros. Seis categorias cruciais são avaliadas: educação, saúde, moradia, nutrição, saneamento e acesso à água.

O saneamento inadequado se destaca como a privação mais comum, afetando 65% das crianças em países de baixa renda que não têm acesso a instalações sanitárias básicas. Essa porcentagem diminui para 26% em países de renda média-baixa e 11% em países de renda média-alta, evidenciando a disparidade no acesso a serviços essenciais.

Além da pobreza multidimensional, o relatório examina a pobreza monetária, revelando que mais de 19% das crianças sobrevivem com menos de US$ 3 por dia. A maioria esmagadora dessas crianças, quase 90%, reside em nações africanas abaixo do Deserto do Saara e no sul da Ásia, as regiões mais afetadas pela pobreza extrema.

Apesar do quadro desafiador, o estudo aponta para avanços e destaca a importância da vontade política para combater a pobreza infantil em todas as suas formas. A implementação de políticas públicas integradas, incluindo programas de proteção social, e a alocação de recursos adequados nos orçamentos públicos são consideradas medidas cruciais para enfrentar o problema.

No Brasil, um relatório anterior sobre pobreza multidimensional revelou uma diminuição no número de crianças e adolescentes nessa situação, passando de pouco mais de 34 milhões em 2017 para cerca de 29 milhões em 2023. Esse progresso foi impulsionado principalmente pelo aumento da renda, especialmente devido à expansão do programa Bolsa Família, e pela melhoria no acesso à informação.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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