Ministros irão deliberar sobre dois embargos de declaração relacionados às Ações Diretas de Inconstitucionalidade
Ministros irão deliberar sobre dois embargos de declaração relacionados às Ações Diretas de Inconstitucionalidade

Julgamento da revisão da vida toda do INSS é remarcado pelo STF

STF (Supremo Tribunal Federal) agendou para o próximo dia 20 de setembro a continuação do julgamento sobre a revisão da vida toda do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A expectativa é que a decisão final seja divulgada até o dia 27 deste mês. Os ministros irão deliberar sobre dois embargos de declaração relacionados às Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2.110 e 2.111, que resultaram na suspensão da correção em março. Os ministros Kassio Nunes Marques, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia já se manifestaram contra os embargos de declaração, defendendo a manutenção da posição do Supremo de que a correção das aposentadorias não é viável. Gilmar Mendes também se posicionou contra os recursos apresentados.

A revisão da vida toda permite que aposentados solicitem o recálculo de seus benefícios, incluindo salários anteriores a julho de 1994. Em uma decisão de março, o STF decidiu, por 7 votos a 4, que essa correção não é permitida, revertendo uma decisão anterior de 2022 que havia autorizado a revisão. Os embargos apresentados buscam que a Corte reconsidere sua decisão e retome o entendimento anterior, permitindo a revisão ou assegurando a correção para aqueles que já possuem ações judiciais. O recurso do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) questiona os cálculos do governo, que estimam um impacto de R$ 480 bilhões com a revisão.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) também pediu aos ministros que reavaliem a decisão de março, com base nas informações do Ieprev. A entidade solicita que os beneficiários que já estão com ações na Justiça possam ter seus valores reajustados e recebam os atrasados. A discussão sobre a revisão da vida toda começou no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em 2015. Após diversas etapas, chegou ao STF em 2020. O julgamento enfrentou interrupções e, em março de 2024, a proposta de revisão foi rejeitada por 7 votos a 4.

 

Publicada por Felipe Cerqueira

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Fonte: Jovem Pan

 

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