O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, nesta quarta-feira (19), a anulação de três questões objetivas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, aplicadas no último domingo (16). A divulgação dos gabaritos foi antecipada em um dia.
A decisão de anular as questões foi tomada após o Inep identificar relatos de vazamento de questões similares às que caíram no Enem 2025, em uma transmissão ao vivo no Youtube, dias antes das provas.
As questões anuladas foram divulgadas de acordo com a cor dos cadernos de questões: amarelo, verde, azul e cinza. Apesar da ordem das questões ser diferente em cada caderno para evitar fraudes, todos continham as mesmas 90 questões de matemática e ciências da natureza (biologia, química e física).
As questões anuladas são:
Amarelo (caderno 5): 115, 121 e 178;
Cinza (caderno 6): 115, 118 e 172;
Azul (caderno 7): 123, 132 e 174;
Verde (caderno 8): 132, 135 e 168;
Roxo (caderno 12): 115, 118 e 172;
Laranja (caderno 11): 115, 118 e 172.
A questão 115 do caderno amarelo abordava física, especificamente acústica, envolvendo o conceito de nível sonoro e logaritmos. A questão 121 do mesmo caderno, tratava de biologia, focada nos processos de fotossíntese. Já a questão 178, também do caderno amarelo, era de matemática, com conceitos de álgebra e equações do segundo grau.
Após a divulgação da anulação, o Movimento Nacional AnulaEnem começou a organizar manifestações em Brasília e em outros estados, com o objetivo de pedir a anulação completa da prova do Enem 2025, alegando falha de segurança.
O ministro da Educação, Camilo Santana, em entrevista, garantiu que as demais questões do segundo dia de provas do Enem 2025 que não foram anuladas continuam válidas.
Segundo informações obtidas pelo ministro, uma pessoa que participou de um pré-teste do Enem divulgou as questões deste processo em uma transmissão ao vivo, antes da segunda prova do exame. O pré-teste do Enem é uma etapa experimental e sigilosa de aplicação de novas questões, antes de serem incluídas no Banco Nacional de Itens.
O Inep acionou a Polícia Federal para investigar o vazamento das questões e responsabilizar os envolvidos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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