No mundo do empreendedorismo, somos frequentemente levados a acreditar que o sucesso se resume a uma boa ideia, capital e planejamento estratégico. No entanto, em quase 25 anos à frente da MABRE Serviços Integrados — uma empresa que fundei em 2003, logo após me formar em Serviço Social —, descobri que manter um negócio requer muitas ferramentas, entre elas podemos destacar a inteligência emocional.
Como mulher empreendedora, a jornada é repleta de desafios únicos. Além das dificuldades do mercado, enfrentamos a dupla jornada, a necessidade de provar nossa competência constantemente e, muitas vezes, a falta de uma rede de apoio. É nesse cenário que a inteligência emocional se torna uma ferramenta indispensável. Ela nos permite não apenas gerenciar nossas próprias emoções, como o medo do fracasso e a frustração, mas também entender a dinâmica do mercado, dos clientes e nossa própria dinâmica.
Manter uma empresa por tanto tempo exige mais do que resiliência; exige autoconhecimento e empatia. A inteligência emocional nos acolhe e nos sustenta nesse mundo dos negócios que exige muito de nós o tempo todo.
A inteligência emocional nos ajuda a construir relações mais saudáveis e produtivas, relações essas no âmbito pessoal, mas também no âmbito profissional. É a habilidade de se manter firme em crises, de tomar decisões sob pressão e de transformar desafios em oportunidades. É o ingrediente que nutre uma liderança autêntica e inspiradora, capaz de motivar a equipe e construir relacionamentos duradouros com parceiros e clientes.
Como empreendedora, percebi que o apoio de outras mulheres é fundamental para fortalecer o nosso negócio, isso também é inteligência emocional. A troca de experiências e o incentivo mútuo nos lembram que não estamos sozinhas. Liderar com inteligência emocional é reconhecer que a vulnerabilidade não é fraqueza, mas uma fonte de força e conexão. É a chave para um empreendedorismo mais sustentável, humano e, acima de tudo, bem-sucedido.