Câmara de Barueri sugere mix de roupas que ‘emagrecem’ e ‘engordam’

Uma cartilha de “boas práticas corporativas” foi enviada aos servidores da Câmara Municipal de Barueri no início da semana. O documento apresenta orientações sobre a conduta no dia a dia de trabalho, mas com frases consideradas preconceituosas e antiquadas.

Em um dos trechos, o material dá “sugestões” de como o servidor deve se vestir no dia a dia. “Cores escuras emagrecem e passam sobriedade e segurança; cores claras engordam e passam descontração; faça uma composição que equilibre estes dois fatores”, diz.

A cartilha pede “cuidado com a moda e modismos” e sugere que mulheres tenham “cuidado” com roupas curtas e decotes. Há ainda dicas sobre cordialidade, como manter o ambiente de trabalho organizado e “etiqueta ambiental”, com orientações para reduzir gastos com energia elétrica.

Para Yulle Cunha, personal stylist e consultora de imagem, cartilhas sobre o modo de vestir devem ter sugestões inclusivas, respeitando a diversidade. “Falar sobre imagem é importante, muitas pessoas não têm essa informação e esse conhecimento, mas deve ser abordado de forma a acrescentar sem cair em padrões.”.

Ao UOL, a Câmara Municipal de Barueri afirmou ontem que solicitou a retirada de circulação da cartilha.

O material havia sido enviado em formato digital por e-mail aos servidores na segunda-feira (13). A Casa disse que o documento foi criado há mais de dez anos e redistribuído “sem as devidas revisões”.

Boas práticas Câmara  -  -

A Câmara disse ainda que “repudia e condena” qualquer forma de discriminação e se comprometeu a melhorar seu “programa de treinamento interno para evitar episódios como este”.

Propostas de look. Yulle sugere que cartilhas distribuídas em ambientes de trabalho apresentem imagens de pessoas gordas, magras, negras, reforçando a inclusão.

Ela diz ainda que podem ser realizadas consultorias em pequenos grupos para atender às necessidades individuais.

Tudo visto de forma isolada pode ser danoso e só reforçar padrões estéticos atrasados. A gente precisa contextualizar e dar informações para que os profissionais se utilizem disso de forma saudável se sentindo encorajados e melhorando o bem-estar deles.”.

 

Fonte: UOL Notícias

 

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