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Um laudo do Instituto Adolfo Lutz confirmou a contaminação de cachorros-quentes distribuídos em uma festa de igreja evangélica em Itu, interior de São Paulo. A análise foi realizada após dezenas de pessoas, incluindo crianças e adultos, apresentarem sintomas de intoxicação alimentar.
Os sintomas, como vômitos e diarreia, levaram mais de 60 crianças e 18 adultos a buscarem atendimento médico. Amostras do alimento foram coletadas para análise laboratorial.
O laudo apontou a presença das bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli nos cachorros-quentes.
A Staphylococcus aureus, presente naturalmente na pele de muitas pessoas, pode causar infecções cutâneas se penetrar no organismo. Em casos menos frequentes, pode levar a pneumonia, infecções cardíacas e ósseas. Infecções cutâneas causadas pela bactéria podem gerar bolhas, abscessos, vermelhidão e inchaço na pele.
A Escherichia coli, parte da microbiota intestinal saudável, pode causar problemas se houver contato fecal-oral. As infecções urinárias e digestivas são as mais comuns, resultantes do consumo de alimentos contaminados, contato com animais infectados ou ingestão de água contaminada. Os sintomas de infecções digestivas incluem diarreia e dor abdominal, enquanto infecções urinárias causam necessidade frequente de urinar, ardor e dores na bexiga.
A Secretaria de Saúde de Itu informou que a Vigilância Sanitária deverá autuar a igreja responsável pelo evento, aplicando as medidas administrativas cabíveis.
O incidente ocorreu em 12 de outubro, durante uma festa do Dia das Crianças realizada por uma igreja evangélica na região do Pirapitingui. Setenta e oito pessoas que participaram da festa procuraram atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com queixas de dores abdominais, diarreia e vômito. A prefeitura mobilizou 30 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos, para atender aos pacientes.
Na época do ocorrido, a Igreja Universal lamentou o ocorrido em nota, expressando surpresa e solidariedade às vítimas.
Fonte: g1.globo.com