© PF/Divulgação

Enem 2025: polícia federal investiga suposta fraude no exame no ceará

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Profeta neste domingo (23), cumprindo um mandado de busca e apreensão no Ceará. A ação, autorizada pela Justiça Federal, visa apurar a possível ocorrência de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025.

A investigação da PF teve início a pedido do Ministério da Educação (MEC). O motivo é a suspeita de divulgação antecipada de questões com conteúdo semelhante ao que foi aplicado no segundo dia do exame. A equipe técnica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) identificou relatos sobre a suposta divulgação na internet.

No dia 16 de novembro, aproximadamente 3,36 milhões de participantes realizaram o Enem, respondendo a 90 questões de múltipla escolha, divididas entre ciências da natureza e suas tecnologias (biologia, química e física) e matemática e suas tecnologias.

A Polícia Federal, em nota, declarou que a operação busca esclarecer os fatos, apurar possíveis crimes, identificar os responsáveis pela obtenção e divulgação indevida das informações, além de investigar possíveis conexões com outros delitos. “A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a integridade dos concursos públicos e com o combate a fraudes que comprometam a confiança da sociedade nos processos seletivos nacionais”, diz a nota.

Diante da suspeita de vazamento de conteúdo similar ao do Enem 2025, o Inep decidiu, por precaução, anular três questões do exame na terça-feira (18). Além disso, a autarquia vinculada ao MEC antecipou em um dia a divulgação do gabarito oficial do segundo dia de provas.

Em entrevista concedida à TV Educativa do Ceará na última terça-feira (18), o ministro da Educação, Camilo Santana, relatou ter recebido informações de que uma pessoa participante de um pré-teste do Enem teria divulgado as questões durante uma transmissão ao vivo na internet, dias antes da aplicação da prova.

O pré-teste do Enem consiste na aplicação experimental e sigilosa de novas questões a uma amostra de estudantes, antes que sejam incluídas no Banco Nacional de Itens (BNI). A inclusão ocorre somente se as questões atenderem a todos os critérios estabelecidos. Uma vez aprovadas e integradas ao BNI, as questões ficam disponíveis para utilização nas futuras edições do exame.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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