© Bruno Peres/Agência Brasil

Moraes autoriza filhos de bolsonaro a visitá-lo na polícia federal

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro o visitem na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal. Bolsonaro está preso preventivamente desde o último sábado (22).

A decisão, publicada neste domingo (23), estabelece que o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro devem realizar as visitas separadamente. Cada visita terá duração máxima de 30 minutos.

Carlos e Flávio Bolsonaro poderão visitar o pai na próxima terça-feira (25), no período entre 9h e 11h. Já Renan Bolsonaro está autorizado a visitá-lo na quinta-feira (27), também entre 9h e 11h.

O ministro Moraes manteve inalteradas as permissões de visita aos advogados e à equipe médica de Bolsonaro. Ele também estabeleceu diretrizes para a conduta da Polícia Federal em caso de eventuais intercorrências médicas. Entre as orientações, consta o acionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), considerado a opção mais ágil e segura.

No domingo, Bolsonaro recebeu a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A prisão preventiva de Bolsonaro foi decretada por Moraes e cumprida pela Polícia Federal no sábado. O ministro do STF justificou a medida com base em um possível risco de fuga, alegando que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica. Além disso, Moraes mencionou a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro nas proximidades da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, o que, segundo o ministro, poderia facilitar uma eventual fuga.

Na sexta-feira (21), um dia antes da prisão, Bolsonaro teria utilizado uma solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica. O incidente gerou um alerta para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), responsável pelo monitoramento do equipamento. A defesa de Bolsonaro alega que, devido à interação de medicamentos, ele apresentou um quadro de confusão mental e paranoia. Os advogados argumentam ainda que Bolsonaro colaborou com a troca do equipamento e que não houve tentativa de fuga.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal relacionada à trama golpista. Ele e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas. Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os embargos de declaração apresentados pelo ex-presidente e por outros seis acusados, que buscavam reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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