A fachada do Theatro Municipal da capital paulista virou alvo de uma crise na Secretaria Municipal da Cultura nesta semana, após a prefeitura mandar retirar a bandeira LGBTQIA+ que estava estendida na fachada.
Tanto os funcionários quanto a organização social Sustenidos, responsável por gerir o Theatro, eram contrários à retirada da bandeira, que usualmente, em junho, é colocada na fachada como uma das comemorações pelo mês do Orgulho LGBTQIA+.
A prefeitura, porém, não atendeu aos apelos, e um grupo formado pelo diretor da Fundação Theatro Municipal e outros funcionários foram ao espaço para retirá-la na última quarta-feira (14).
Em nota, a Sustenidos informou que “a bandeira foi retirada no dia 14/06, pela equipe da Fundação Theatro Municipal, sem concordância da Sustenidos, gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo. A Sustenidos apoia a causa LGBTQIA+ em todos os projetos e equipamentos sob sua gestão, e vem buscando formas de aprimorar continuamente o tratamento do tema institucionalmente”.
A secretaria, também em nota, afirmou que “a remoção da bandeira LGBTQIAPN+ se deu pelo fato da rotatividade das atividades do espaço, sendo necessárias alterações constantes em sua fachada, propiciando assim o regular andamento das atividades”.
E completou: “A SMC destaca que a remoção da bandeira que estava alocada nas estruturas Theatro Municipal foi feita após diversas celebrações em torno dos direitos da comunidade LGBTQIAPN+. Por fim, ressaltamos que o Theatro Municipal de São Paulo é a casa da cultura, a qual possui a pluralidade; de danças, vozes, movimentos, atuações, personificações e diversidade”.
Funcionários do Theatro e artistas criaram um abaixo-assinado em que pedem que a bandeira seja reposta e afirmam se tratar de um “ataque direcionado à nossa comunidade e a todas as pessoas que defendem políticas de diversidade, ataque este perpetrado pela atual direção da Fundação Theatro Municipal (FTM) de São Paulo”.
“Desde 2019, as bandeiras são expostas durante todo o mês de junho em comemoração ao mês do orgulho LGBTQIAPN+, tornando-se uma tradição do Municipal e em sintonia com centenas de outros equipamentos culturais, públicos e privados, na cidade de São Paulo e em todo o Brasil”, afirma o texto.
Fonte: G1
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