Maria Jose Maciel

Precisamos falar sobre EPILEPSIA na adolescência

O Dia 26 de Março é o dia Mundial de Mobilização e conscientização sobre a EPILEPSIA, março acabou, mas precisamos continuar falando sobre a doença que atinge 65 milhões de pessoas em todo mundo e dentre eles muitos jovens, assim como minha filha Clara Beatriz que descobriu a doença há seis anos, quando tinha 10 anos de idade e desde então tenho constatado que a informação é uma das mais eficientes armas para combater o preconceito e estigma que cercam a doença.

Confesso que antes de minha filha ser diagnosticada com a doença, pouco sabia sobre o tema e tinha até informações incorretas de como socorrê-la durantes as convulsões.
A Epilepsia é uma doença neurológica que ocorre por um desequilíbrio dos sinais químicos e impulsos elétricos no cérebro, causando convulsões ou movimentos descontrolados dos braços e pernas, sensações anormais e crises de ausência. A alteração do cérebro na epilepsia é temporária e reversível.

O Ministério da Saúde diz os principais sintomas são: “crises de ausência, a pessoa apresenta-se “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Quando as crises duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.”

As crises apresentadas por minha filha são as “tônico-clônicas” e podem ser, inicialmente, assustadoras para quem nunca presenciou convulsões.

A epilepsia na adolescência costuma ser desafiadora e aqui não foi diferente pois somado a tudo isso tivemos uma pandemia bem no início da adolescência da minha filha, sem contar que a adolescência já é uma fase que traz imensas transformações físicas (hormonais) e emocionais. O Adolescente precisa fazer o uso correto da medicação, dormir bem, evitar estresse, evitar telas em excesso, luzes piscantes, não consumir álcool, praticar atividade física e ter uma alimentação saudável, tudo que o adolescente não quer fazer né gente?!

Por isso é tão importante falar sobre a doença de forma natural e na linguagem bem acessível aos adolescentes, frisando que com alguns cuidados e uso de medicação eles pode ter uma vida normal.

Por fim, caso você se depare com alguém tendo uma convulsão, seja decorrente de epilepsia ou não, lembre-se da seguinte palavra: CALMA!

C – coloque a pessoa de lado e com a cabeça elevada para que não sufoque com a saliva;
A – Apoie a cabeça sobre algo macio para protegê-la;
L – Localize objetos que possam machucar a pessoa e afaste-0s;
M – monitore o tempo e se passar de 5 minutos, ou se repetir, ligue para o SAMU(!(@)
A – Acompanhe a pessoa até que ela corde.

Deixe uma resposta

Seu endereço de e-mail não será publicado.Os campos obrigatórios são marcados *

*

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.