© Rovena Rosa/Agência Brasil

Planalto declara oposição a proposta na câmara sobre escala 6×1

Ministros do governo federal expressaram, nesta terça-feira, uma forte oposição ao parecer do deputado federal Luiz Gastão sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem a extinção da escala de trabalho 6×1. A manifestação governamental surge em um momento crucial, antecedendo a votação do texto parlamentar, agendada para esta quarta-feira na Câmara dos Deputados, em uma subcomissão designada para analisar o tema. Caso seja aprovado, o projeto seguirá para discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, enfatizou a posição do governo: “O governo quer aqui reafirmar aos parlamentares que a nossa posição é de fim da escala 6 por 1. Nós entendemos que tem que ter qualidade de vida na vida dos trabalhadores”. A ministra defendeu que a simples redução da jornada não é suficiente, sendo crucial que os trabalhadores possuam tempo disponível para lazer, cuidados familiares e resolução de questões pessoais.

Além de Gleisi Hoffmann, participaram do anúncio o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, o deputado federal Reginaldo Lopes, autor da primeira Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema na Câmara, e a deputada Daiana Santos, autora do projeto de lei que também propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

“Nós fomos surpreendidos pelo relatório da subcomissão. Então, vamos seguir defendendo essa posição do fim da escala de trabalho 6×1, sem redução do salário, no Parlamento, na sociedade, nas ruas, e dialogar com o conjunto dos parlamentares. É uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas”, declarou Guilherme Boulos, ressaltando o compromisso do governo em buscar apoio para a medida tanto no âmbito político quanto na sociedade. O posicionamento do governo indica um esforço para influenciar o debate e o resultado da votação na Câmara dos Deputados.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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