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O tornado que devastou a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, e deixou centenas de feridos, serve de alerta urgente sobre os impactos da crise climática, segundo especialistas. O evento extremo ocorreu às vésperas da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP-30), aumentando a pressão por decisões concretas.
De acordo com especialistas, o desastre no Paraná é um triste exemplo do que vem acontecendo no Brasil e no mundo, como eventos climáticos extremos na Amazônia, Rio Grande do Sul, São Sebastião, Petrópolis, norte de Minas e sul da Bahia. Os últimos dez anos foram os mais quentes da história, um reflexo direto do aumento da temperatura global.
Representantes da sociedade civil esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencione o tornado durante a abertura oficial da COP, buscando sensibilizar os países participantes sobre a realidade de um mundo que enfrenta cada vez mais desastres relacionados ao clima.
Embora tornados não sejam causados exclusivamente pelas mudanças climáticas, o desequilíbrio do clima pode contribuir para que eles se tornem mais frequentes e intensos. O aumento de gases de efeito estufa na atmosfera eleva a temperatura da atmosfera e dos oceanos, o que por sua vez aumenta a umidade. Essa combinação de calor e umidade age como um combustível para eventos meteorológicos extremos.
Tornados são colunas de ar que giram em alta velocidade, formadas a partir de nuvens de tempestade. Eles se desenvolvem em condições de alta umidade e ar quente e, apesar de serem fenômenos rápidos e de pequena extensão, podem causar grande destruição ao tocar o solo.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) alertam que, com as mudanças climáticas, a possibilidade de eventos extremos como o tornado no Paraná aumenta. As mudanças climáticas intensificam as diferenças de pressão entre massas de ar com propriedades diferentes, como a temperatura, o que favorece a ocorrência desses fenômenos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br