A Secretaria Municipal de Saúde começou a distribuir a Profilaxia Pré-Exposição Sexual (PrEP) para prevenir o HIV entre segmentos populacionais de maior risco ao contágio. A PrEP trata-se de um procedimento médico ou sanitário que é usado antes da exposição a um patógeno capaz de provocar uma doença, com o propósito de prevenir, e não tratar ou curar, essa doença, especialmente, no que se refere ao HIV.
É importante destacar que, assim como ocorre em muitos países da América Latina e do Caribe, a epidemia de HIV no Brasil se encontra intensificada em alguns grupos populacionais, como de homens que fazem sexo com homens e de mulheres trans. No entanto, o Brasil é reconhecido mundialmente por sua resposta inovadora à epidemia de HIV.
A coordenadora de Vigilância em Saúde, Rosa Maria Pinto, contou que o PrEP é um novo método de prevenção ao HIV que está sendo disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que consiste no uso de medicamento anti-HIV de forma programada para evitar uma infecção.
“Desta forma, permite-se ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV, porque a pessoa em PrEP irá realizar um acompanhamento regular de saúde com testagem para HIV e para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)”, explicou.
A PrEP funciona por meio dos medicamentos tenofovir e entricitabina que tem como objetivo bloquear alguns ‘caminhos’ que o vírus do HIV utiliza para infectar o organismo.
“Se a pessoa tomar PrEP diariamente, a medicação pode impedir que o vírus se estabeleça e se espalhe pelo corpo do indivíduo”, falou ela ao ressaltar ainda que “mesmo fazendo uso da PrEP é necessário o uso do preservativo masculino ou feminino para prevenção de outras ISTs”.
Rosa Maria explicou também que PrEP não é para todos.
“Os médicos prescrevem PrEP para pessoas que tenham uma maior chance de entrar em contato com o HIV. Não usar preservativo, ainda que ocasionalmente, representa um risco diferente para pessoas diferentes. Para algumas populações que têm sido historicamente vulnerabilizadas à infecção pelo vírus, o risco de uma única relação sem preservativo é maior”, comentou.
Portanto, no SUS, por questões de priorização, a PrEP poderá ser disponibilizada para pessoas HIV-negativas das seguintes populações.
1) Pessoas que ocasionalmente deixam de usar preservativo em relações sexuais (vaginais e anais);
2) Homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens;
3) Pessoas trans como mulheres transexuais, travestis, homens trans e pessoas não-binárias;
4) Profissionais do sexo ou pessoas que eventualmente recebam dinheiro ou benefícios em troca de serviços sexuais;
5) Pessoas que estejam se relacionando com uma pessoa vivendo com HIV (casais sorodiferentes) e que não estejam em tratamento;
6) Casais sorodiferentes que queiram fazer sexo sem camisinha, o parceiro HIV-negativo tem autonomia para decidir se tomará a PrEP ou se usará como método de prevenção a indetectabilidade do parceiro;
7) Pessoas chemsex que praticam sexo sob a influência de drogas psicóticas;
8) Pessoas que apresentam histórico de episódios de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Em Mogi Guaçu, o tratamento será disponibilizado pelo SUS, de forma gratuita, sendo necessário realizar o agendamento na Vigilância Epidemiológica (VE) pelos telefones (19) 3811.9800 ou (19)99960.6686 ou presencialmente na sede do órgão localizado na Rua Paula Bueno, 308, no Centro.
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