Meliponicultores buscam conscientizar público em novo encontro Poliniza Barueri

Os meliponicultores Wanderley Soares Augusto, ambientalista, e Ivandro Cesar, agente da Defesa Civil de Barueri (ambos de Barueri), e Jonas Silva Cruz, do Meliponário Pai e Filhos (Cotia), buscam conscientizar mais pessoas no próximo “Encontro Poliniza Barueri”. Será o segundo evento da série e voltará a acontecer em 7 de outubro das 9h às 15h no Parque Ecológico Tietê Barueri, na avenida Dr. Dib Sauaia Neto, 1.600, em Alphaville. 

O local é o mesmo onde ocorreu o primeiro encontro no dia 2 de setembro. O intuito dos idealizadores é de que a ação seja realizada sempre no primeiro sábado de cada mês, com apoio da Prefeitura de Barueri por meio da Sema (Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente). A entrada é gratuita.

O Poliniza tem como objetivo preservar e conscientizar sobre a necessidade de preservação das abelhas indígenas nativas do Brasil, conhecidas como ASF (Abelhas Sem Ferrões).

Em cada encontro são realizadas palestras pelo grupo de meliponicultores que abordam a polinização como fenômeno de muita importância na natureza. O processo consiste no transporte do pólen feito, naturalmente, pelo vento, pela água e por animais. É o caso das abelhas, por exemplo, que, ao pousar de flor em flor, usam os muitos pelos que possuem em seu corpo para coletar o seu pólen para a parte feminina de outras flores.

Como mostrou no 1º Encontro Poliniza Barueri, Jonas Silva Cruz disse que o mais importante é passar o conhecimento de que existem Abelhas Sem Ferrões, o quanto elas são essenciais para o meio ambiente e diferentes em relação às abelhas exóticas. “Fizemos uma introdução bem básica explicando melhor a ideia do meliponário”, resumiu o palestrante, que expôs no evento a espécie mirim-preguiça. “Trouxe esse tipo em caixa didática na qual o público pode ver toda a estrutura da colmeia: abelha-rainha, células de cria, pote de alimento e em plena atividade”.

Pioneiro em criar as abelhas de maneira mais comercial em Cotia, há 5 anos, Jonas Silva Cruz orgulha-se em dizer que hoje há outros meliponários na cidade e que espera o mesmo sucesso em Barueri. “É o que pretendemos fazer. Vamos polinizar essa ideia para que as pessoas possam capacitar outros interessados, assim como eu fui um dia”. 

Estrutura perfeita

De acordo com Jonas Silva Cruz, a estrutura do Parque Ecológico Tietê Barueri é perfeita. “Tem um espaço sensacional para palestras e instalar iscas. Muito importante está com amigos como o Augusto e o Ivandro, que são capacitados e fundamentais para ajudar neste trabalho de união, de levar as pessoas a conhecerem a importância da meliponicultora da região”.

Dentro do Parque Ecológico Tietê Barueri é possível encontrar pasto a meliponicola (planta que oferece alimento para Abelhas Sem Ferrões). Segundo o meliponicultor Wanderley Soares Augusto, Barueri já chegou a ter mais de 200 espécies de ASF. Atualmente, devido à aplicação de inseticida (fumacê) pelas pessoas, desmatamento e a poluição da água de rios e córregos, a cidade tem 80 espécies como Jataí, Mandaçaia, Iraí, Mirim, Bugia e Uruçu-amarela. 

Caminho para intercâmbio 

O “Poliniza Barueri” já atrai participantes de cidades da região e de outros estados. É o caso, por exemplo, dos irmãos Mateus Roberto Ribeiro e Samuel José Ribeiro, que elogiaram a iniciativa. “Muito bom. Agrega conhecimento, tira dúvidas e abre caminho para um intercâmbio para que possamos trazer para cá abelhas e o mel que produzimos na Bahia”. 

Ambos são donos do Meliponário Dois Irmãos (Cordeiros – BA). Samuel mora em Santana de Parnaíba (SP), onde reside enquanto realiza tratamento de saúde. Já Mateus é estudante de Gestão Ambiental, veio visitar o seu irmão, mas em breve voltará à Bahia. 

 

 

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