© Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Mais de 87 mil aglomerados permanentes habitados identificados no brasil

Mais de 87 mil áreas em todo o Brasil foram identificadas como aglomerados permanentes de habitantes, revelou um estudo recente divulgado nesta segunda-feira. O levantamento, parte do Censo 2022 conduzido pelo IBGE, representa uma atualização significativa das informações sobre a distribuição da população no território nacional.

O número de localidades identificadas é quase quatro vezes maior em comparação com o Censo de 2010, que havia registrado pouco mais de 21 mil aglomerados. A pesquisa abrange uma ampla gama de assentamentos, incluindo cidades, vilas, núcleos urbanos, povoados, lugarejos, núcleos rurais, localidades indígenas, quilombolas e agrovilas de projetos de assentamento.

O aumento expressivo no número de localidades identificadas é atribuído, em grande parte, aos aprimoramentos nas tecnologias de mapeamento e nas metodologias de identificação utilizadas pelo IBGE. Essa evolução técnica permitiu uma pesquisa mais detalhada e abrangente, capturando nuances na ocupação do território que anteriormente poderiam ter passado despercebidas.

Além dos limites político-administrativos tradicionais, o estudo considera aspectos como a forma como as pessoas vivem, utilizam e nomeiam os lugares. Essa abordagem holística busca compreender a realidade da população em sua totalidade, refletindo a diversidade das experiências e identidades presentes no país.

A análise dos dados revela disparidades significativas entre as regiões brasileiras. O Sul e o Sudeste concentram o maior número de localidades classificadas como urbanas, como cidades, vilas e núcleos urbanos. Em contraste, o Norte e o Nordeste apresentam os maiores números absolutos de povoados e lugarejos. Essas duas regiões também se destacam pela concentração de localidades indígenas e quilombolas.

O estudo identificou mais de 8,4 mil localidades quilombolas e cerca de 8,5 mil territórios indígenas em todo o Brasil, evidenciando a importância de considerar a diversidade étnica e cultural na análise da ocupação do território nacional. A pesquisa do IBGE fornece uma base de dados valiosa para o planejamento de políticas públicas e para a compreensão das dinâmicas sociais e econômicas do país.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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