A Secretaria de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, promoveu no dia 1º de junho (quinta-feira) o Fórum de imunização no Centro de Eventos, que reuniu importantes nomes da cena de controle epidemiológico para alertar sobre as baixas coberturas vacinais em todo o País e o retorno de doenças já erradicadas.
A biomédica Rosana Perri Andrade Ambrogini, da equipe técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Barueri, apresentou dados do munícipio.
“Em Barueri, em 2014, tínhamos coberturas vacinais que superavam 100% da meta. Ao longo dos anos esses números sofreram uma queda. Em 2018 já estávamos bem abaixo na meta esperada. A pandemia piorou esse quadro, porém essa queda continua sendo sustentada”, alerta a especialista.
Entre as estratégias com bons resultados, está a atuação em parceria com a Secretaria de Educação. “A condição de a matrícula das crianças nas maternais ser efetivada mediante a atualização da caderneta de vacinação foi uma experiência exitosa. No primeiro semestre de 2023, durante visitas às maternais, foram verificadas 7.317 cadernetas, e dessas, 20% estavam desatualizadas”, confirma Rosana.
Região
As especialistas em Vigilância Epidemiológica, Mariangela Palma e Silvanete Mendes, falaram sobre a cobertura vacinal na região dos mananciais e Rota dos Bandeirantes, envolvendo 15 cidades.
“O trabalho em equipe e multidisciplinar e de sensibilização precisa ser feito. Nós, profissionais, precisamos sensibilizar os pais que estão protegendo o seu filho”, disse Silvanete. Já Mariangela alertou sobre as redes sociais. “Elas podem ajudar, mas também trazem movimento antivacina e ‘antiassistência’. Já recebemos uma nota técnica sobre a volta da Cólera, uma doença que se ouvia falar em 1996”, reforçou.
Sala de vacina
A diretora técnica de Saúde da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria do Estado de São Paulo, Núbia Virgínia D’Avila Limeira, falou o quanto uma boa assistência repercute na qualidade da cobertura vacinal.
“Precisamos valorizar os vacinadores, aqueles que atuam na sala de vacina. Já há estudos que apontam que ele é o maior influenciador e que passa segurança para os pais vacinarem seus filhos”, destaca.
A médica que atua no Programa Estadual de Imunização, Helena Keico Sato, agradeceu a iniciativa do município em convocar toda a sociedade para o debate e reestabelecer as metas de vacinação.
“O Programa Nacional de Vacinação tem os calendários comparados com o de países de primeiro mundo e aplicado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Desde 2016, apesar de temos todas as vacinas, não estamos atingindo a meta de imunização. Estamos abaixo de 95%. O município está de parabéns de trazer para esse encontro os profissionais que estão na linha de frente e tem papel fundamental para recuperação das nossas coberturas”, declara Helena.
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