Os Estados Unidos anunciaram a remoção de tarifas sobre a importação de determinados alimentos e outros produtos provenientes da Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador. A medida surge em decorrência de acordos-quadro estabelecidos com esses países, visando proporcionar às empresas norte-americanas um acesso mais amplo aos seus respectivos mercados.
A expectativa é que estes acordos contribuam para uma redução nos preços de produtos como café, bananas e outros itens alimentícios. Uma alta autoridade do governo declarou que espera que os varejistas norte-americanos repassem essa diminuição de custos aos consumidores finais.
A previsão é que os acordos-quadro com a maioria dos quatro países sejam finalizados nas próximas duas semanas, com a possibilidade de acordos adicionais serem firmados antes do final do ano.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, já havia indicado que o governo planejava anúncios “substanciais” que resultariam na diminuição dos preços de café, bananas e outras frutas, como parte de um esforço para aliviar o custo de vida para os cidadãos norte-americanos.
O presidente tem demonstrado grande preocupação com a questão da acessibilidade econômica, especialmente após resultados desfavoráveis para candidatos republicanos nas últimas eleições. Ele tem insistido que o aumento dos custos foi desencadeado por políticas implementadas pelo ex-presidente e não pelas suas próprias tarifas abrangentes.
As vitórias democratas em estados como Nova Jersey, Nova York e Virgínia, impulsionadas, em parte, por preocupações com o custo de vida, revelaram a sensibilidade dos eleitores em relação aos preços elevados, que, segundo economistas, foram alimentados pelas tarifas de importação impostas sobre quase todos os países.
Autoridades dos EUA têm mantido conversas “bastante construtivas” com outros países da América Central e do Sul, com a possibilidade de concluir mais acordos comerciais antes do final do ano. Adicionalmente, as negociações comerciais com a Suíça e Taiwan têm se mostrado promissoras.
Os acordos anunciados mantêm as tarifas de 10% sobre a maioria dos produtos de El Salvador, da Guatemala e Argentina, países com os quais os EUA mantêm superávits comerciais modestos, e de 15% para as importações do Equador, com o qual o país possui um déficit comercial.
Entretanto, os acordos resultarão na eliminação das tarifas norte-americanas sobre diversos itens que não são cultivados, extraídos ou produzidos nos Estados Unidos, como bananas e café do Equador.
Os acordos incluem compromissos de não cobrar impostos sobre serviços digitais de empresas norte-americanas, bem como a remoção de tarifas sobre produtos agrícolas e industriais dos EUA.
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, expressou que a estrutura do acordo “criará as condições” para impulsionar os investimentos dos EUA na Argentina, agradecendo ao presidente Javier Milei por seu apoio ao acordo.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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