© Marcello Casal JrAgência Brasil

Economia brasileira registra leve alta de 0,1% no terceiro trimestre

A economia brasileira apresentou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, acumulando um avanço de 2,5% nos últimos 12 meses. A análise do mês de setembro, em comparação com agosto, revela uma estabilidade, com variação nula.

Os dados constam do Monitor do PIB, estudo mensal realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta terça-feira. O estudo acompanha o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Para a análise entre trimestres e meses subsequentes, os dados são ajustados para eliminar variações sazonais, permitindo uma comparação mais precisa entre diferentes períodos.

Em valores monetários, a FGV estima que o PIB brasileiro atingiu R$ 9,370 trilhões no acumulado até o terceiro trimestre.

Segundo Juliana Trece, economista e coordenadora da pesquisa, o desempenho modesto reflete a estagnação nos setores de serviços e consumo das famílias, que são os principais componentes do PIB, além da contribuição limitada de outros setores.

A análise dos dados anuais revela uma desaceleração no consumo das famílias, que vinha crescendo a taxas superiores a 3% desde 2021. No terceiro trimestre de 2025, o crescimento foi de apenas 0,2% em comparação com o mesmo período de 2024. O estudo aponta que o consumo de bens apresentou desempenho negativo, tanto em bens duráveis quanto não duráveis, e que o consumo de serviços, embora positivo, também desacelerou.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador da capacidade produtiva da economia, registrou uma queda de 0,4% na comparação entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025, impactada pelo desempenho fraco do setor de máquinas e equipamentos. Essa é a primeira queda desde o trimestre encerrado em janeiro de 2023.

As exportações, por outro lado, apresentaram um crescimento de 7% no mesmo período, impulsionadas principalmente pela indústria extrativa, que contribuiu com cerca de 44% para o crescimento total das exportações.

O Monitor do PIB é um dos indicadores utilizados para avaliar o desempenho da economia brasileira. Outro indicador relevante é o índice de atividade econômica do Banco Central, que apontou recuos de 0,2% na passagem de agosto para setembro e de 0,9% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre. No acumulado de 12 meses, o índice do Banco Central registrou expansão de 3%.

O resultado oficial do PIB é divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A próxima divulgação, referente ao terceiro trimestre de 2025, está programada para 4 de dezembro.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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