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De pasto a floresta: fazenda em sp recupera área com 130 mil árvores

Uma fazenda no interior de São Paulo demonstra que a recuperação ambiental e a produção sustentável podem coexistir harmoniosamente. Localizada em Pardinho, na região da Cuesta, a Fazenda dos Bambus, administrada pelo Instituto Jatobás, passou por uma transformação notável, tornando-se um exemplo de agricultura regenerativa.

A área, antes destinada à pecuária e com solo degradado, hoje exibe mais de 200 hectares de árvores nativas, nascentes recuperadas e extensos bambuzais. O projeto de restauração começou em 2006, quando a fundadora do Instituto Jatobás decidiu revitalizar a fazenda, transformando-a em um modelo de sustentabilidade.

Desde então, a fazenda plantou mais de 130 mil árvores nativas, recuperando 77% de sua área total. O bambu é um elemento central nessa transformação, cultivado de forma orgânica em mais de 40 espécies, integradas à floresta. O bambu, com suas qualidades versáteis e sustentáveis, é utilizado tanto na construção civil quanto na recuperação do solo. Estudos realizados em parceria com a Embrapa comprovaram melhorias significativas na qualidade da terra devido ao cultivo do bambu.

Além da produção de bambu certificado como orgânico, utilizado em projetos de arquitetura, design e paisagismo, a fazenda também abriga chalés e espaços para eventos, construídos com telhados verdes e estruturas de bambu, promovendo a integração entre natureza e arquitetura sustentável. A fazenda demonstra que a preservação ambiental pode gerar renda, através da produção de bambu e de uma horta orgânica, sem comprometer o meio ambiente.

O impacto da fazenda se estende além de seus limites. No centro de Pardinho, o instituto construiu o Centro Cultural, um espaço que promove atividades gratuitas para a comunidade, reforçando a importância da construção sustentável e do cuidado com os recursos hídricos.

Enquanto isso, pesquisadores de universidades paulistas participam da COP30, em Belém, para discutir o papel do ensino e da ciência no combate às mudanças climáticas. As universidades do interior são vistas como “laboratórios vivos”, onde tecnologias e práticas sustentáveis são aplicadas e podem servir de modelo para outras regiões.

Fonte: g1.globo.com

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