© Fernando Frazão/Agência Brasil

Crise climática agrava mortes e sistemas de saúde, aponta relatório

Um relatório divulgado durante a COP 30, em Belém, pelo Ministério da Saúde do Brasil e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela o impacto alarmante das mudanças climáticas na saúde global. O documento expõe que o aumento das temperaturas e a fragilidade dos sistemas de saúde estão cobrando um preço cada vez mais alto em vidas humanas.

O estudo aponta que a crise climática já configura uma emergência global de saúde, com mais de 540 mil mortes anuais diretamente atribuídas ao calor extremo. Além disso, um em cada doze hospitais em todo o mundo enfrenta o risco iminente de paralisação devido a problemas relacionados ao clima, evidenciando a vulnerabilidade da infraestrutura de saúde.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou para a insuficiência dos recursos atualmente disponíveis para a adaptação dos sistemas de saúde. Ele ressaltou que apenas uma pequena parcela dos investimentos globais destinados ao enfrentamento das mudanças climáticas é direcionada à adaptação dos sistemas de saúde, defendendo um aumento significativo desse investimento internacional.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, corroborou a urgência de aumentar os investimentos, afirmando que tal medida poderia salvar mais de dois milhões de vidas anualmente. Ele fez um apelo para que os países se juntem à iniciativa do Plano de Ação em Saúde de Belém.

O Plano de Ação em Saúde de Belém, lançado pelo Ministério da Saúde do Brasil, é o primeiro plano internacional dedicado exclusivamente à adaptação climática no setor de saúde. A iniciativa, que já conta com a adesão de mais de 80 países e instituições, visa fortalecer a capacidade dos sistemas de saúde em lidar com os impactos das mudanças climáticas.

Durante o evento, também foi anunciado um investimento de US$ 300 milhões pela Coalizão de Financiadores de Clima e Saúde, com o objetivo de impulsionar ações integradas que abordem tanto as causas das mudanças climáticas quanto seus efeitos na saúde pública.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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