© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Conferência do clima: entenda as negociações finais em belém

A Conferência do Clima da ONU, sediada em Belém, no Pará, representa a culminação de um extenso processo de negociações que moldam a política climática global. Embora o evento em si dure poucos dias, ele é precedido por um ano inteiro de diálogos temáticos e técnicos, como explica Lucas Turmena, pesquisador associado do Instituto para o Meio Ambiente e Segurança Humana da Universidade das Nações Unidas, em Bonn, Alemanha. Esses diálogos informam as decisões tomadas na Conferência.

Atualmente, mais de 190 nações estão reunidas para debater documentos cruciais. O desafio central reside na necessidade de consenso para a aprovação de cada termo desses textos, que são minuciosamente analisados e discutidos por negociadores em reuniões fechadas.

Os negociadores são diplomatas e especialistas designados por cada país. Observadores também participam, exercendo influência indireta nas decisões.

O processo se inicia com a definição dos temas da pauta pelo país anfitrião, que organiza o fluxo da negociação. Neste momento, estão em discussão os detalhes das metas de redução de emissões de cada país, os mecanismos de financiamento e as estratégias de adaptação às mudanças climáticas.

Os grupos de trabalho elaboram versões das propostas, que são encaminhadas à presidência da Conferência para aprovação em plenário. Se o documento for validado nessa etapa, segue adiante. Caso contrário, o tema é postergado para a próxima COP. Um exemplo disso é o Fundo de Perdas e Danos, aprovado há duas edições, mas que ainda carece de definições sobre como será operacionalizado.

Entre os tópicos mais relevantes em debate na COP30, destacam-se a implementação da transição energética, a proteção de biomas e o financiamento climático internacional. Indicadores para a adaptação climática, que já constam no Acordo de Paris, precisam ser definidos e concretizados durante a COP30.

Outro ponto crucial é o consenso para alcançar a meta de 1,3 trilhão de dólares anuais em doações para os países menos desenvolvidos, provenientes de governos, bancos e do setor privado. Esse objetivo foi estabelecido na última COP e agora busca sua materialização.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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