© Marcello Casal jr/Agência Brasil

Cerca de 40% da população global luta contra distúrbios do sono

“Minhas noites eram uma dificuldade muito grande em dormir, pegar no sono. Às vezes, quando eu pegava, eu pegava de forma superficial e acordava e ficava girando na cama de um lado para outro”, relata Sérgio Barbosa, professor da rede pública, descrevendo um problema cada vez mais comum.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial enfrenta algum tipo de distúrbio do sono, como a insônia. Essa condição, aparentemente banal, pode ter consequências significativas para a saúde a longo prazo.

Estudos científicos já estabeleceram uma forte ligação entre noites mal dormidas e o desenvolvimento de diversas doenças crônicas, incluindo hipertensão, diabetes tipo 2, depressão e enfermidades cardiovasculares. O neurocirurgião e especialista em medicina do sono, Júlio Pereira, explica a importância crucial do sono para a saúde do corpo e da mente:

“Claramente, durante o sono, nosso metabolismo diminui, proporcionando uma economia energética e, muitas vezes, até calórica. A musculatura também se regenera, pois o corpo descansa e relaxa, permitindo que os músculos se recuperem. Mas o aspecto mais importante é a saúde do cérebro.”

Para combater esse problema crescente, médicos enfatizam a importância da “higiene do sono”, um conjunto de práticas comportamentais que promovem um descanso profundo e restaurador. As principais recomendações incluem:

  • Manter um horário regular para dormir e acordar, estabelecendo um ritmo circadiano consistente.
  • Evitar o uso de telas (celulares, tablets, computadores) por pelo menos uma hora antes de deitar, para reduzir a exposição à luz azul que interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono.
  • Criar um ambiente propício ao sono, que seja escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Evitar refeições pesadas antes de dormir, pois a digestão pode interferir na qualidade do sono.

A boa notícia é que, em muitos casos, a melhoria da qualidade do sono depende mais de mudanças no estilo de vida do que da necessidade de medicamentos. Adotar hábitos saudáveis e seguir as orientações de higiene do sono pode fazer uma grande diferença na qualidade do descanso e, consequentemente, na saúde geral.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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