Catia Maciel

A Importância da Conscientização das Campanhas do Outubro Rosa

Essa semana ficamos estarrecidas com um vídeo de uma médica circulando na internet dizendo que o câncer de mama não existe e um outro médico afirmando que a mamografia está ligada ao surgimento da doença. O problema é que essa informação, cruel, mentirosa, fake News chega a muitas mulheres, e eu sei disso, que vão acreditar e deixar de fazer seus exames de rastreio.

O câncer de mama existe, tanto existe que no ano passado, segundo informações da sociedade brasileira de mastologia mais de 70 mil novos casos foram registrados. As campanhas de conscientização são fundamentais para rastreio do câncer de mama em estágio inicial, e é nesse estágio que temos mais chances de vencer o câncer com mais chances de cura, com menos sofrimento e mais rapidamente.

Não tem como a gente garantir que uma pessoa não tenha o câncer, mas alguns comportamentos estão associados ao menor risco de aparecimento. Nós podemos falar então de uma prevenção primária que seria prática de atividade física regular, alimentação saudável, peso controlado, evitar consumo alcoólico e evitar hormônios sintéticos, com relação a prevenção secundária seria o acompanhamento médico, mamografia, ultrassonografia e detecção em estágio inicial.

Eu passei por isso, receber o diagnóstico de câncer de mama, abala e afeta, não só nosso corpo físico, mas também nossa saúde mental, e não só a do paciente, mas de toda a família.

A prevenção e o diagnóstico precoce é sim a melhor saída, por isso não podemos poupar esforços para garantir que todas as mulheres possam fazer seus exames. É importante se tocar e reconhecer qualquer alteração no corpo e no seio. Mas o exame de imagem pode pegar o tumor ainda menor, ou seja, melhor prognóstico de cura.

Não podemos descansar e alertar todas as mulheres, se possível pegar pela mão e levar para fazer os exames, e enquanto isso temos que desmentir notícias falsas que podem literalmente matar mulheres.

Cátia Maciel, Baiana, Assistente Social, Nutricionista Especializada em Transtornos Alimentares pela USP, descobriu um câncer de mama em 2021 aos 45 anos, hoje atende de forma gratuita pacientes em tratamento do câncer de mama, dando orientações sobre alimentação especialmente na fase da quimioterapia, além de dividir com essas pacientes sua história.

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