© Polícia Federal/divulgação

Operação desmantela esquema de migração ilegal para os eua

Uma operação da Polícia Federal mira um grupo suspeito de coordenar a migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. A ação, deflagrada nesta quarta-feira (3), cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Ipatinga e Santana do Paraíso, cidades localizadas no leste de Minas Gerais. Adicionalmente, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores pertencentes aos investigados, totalizando R$ 8,1 milhões.

As investigações revelaram que o grupo criminoso aliciava pessoas interessadas em imigrar para os Estados Unidos, organizando uma rota complexa que envolvia a travessia por diversos países da América Central até chegar ao México. De lá, os migrantes eram ilegalmente conduzidos através da fronteira com os Estados Unidos. Até o momento, a polícia identificou 63 vítimas ligadas ao esquema.

O ponto de partida para a investigação foi uma denúncia recebida pela Polícia Federal sobre a atuação de um contrabandista de pessoas na região do Vale do Aço, no leste mineiro. A partir dessa informação inicial, os agentes conseguiram identificar outros indivíduos envolvidos, que trabalhavam em conjunto na organização criminosa. Pelo menos cinco suspeitos já foram identificados e estão sendo investigados.

Os envolvidos podem ser responsabilizados por crimes como promoção de imigração ilegal, posse ou porte irregular de arma de fogo, usura, lavagem de dinheiro e falsificação de documento público.

A operação ocorre em um contexto de aumento no número de brasileiros deportados dos Estados Unidos. Dados da Polícia Federal e do Ministério dos Direitos Humanos indicam que o ano de 2025 já registra o maior número de deportações desde 2020, quando a série histórica começou a ser monitorada.

Até o momento, mais de 2,6 mil brasileiros foram repatriados dos Estados Unidos em 2025. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, pelo menos 32 operações de acolhimento foram realizadas este ano para receber os deportados.

Os brasileiros deportados chegam, em sua maioria, pelo aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde recebem assistência médica, apoio psicológico, alimentação e auxílio para retornar às suas cidades de origem.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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