A Justiça decidiu manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, após uma audiência de custódia realizada por videoconferência neste domingo (23). A juíza auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), Luciana Sorrentino, conduziu a audiência e considerou que não houve abuso ou irregularidades por parte dos policiais responsáveis pela execução do mandado de prisão.
A prisão de Bolsonaro ocorreu no sábado (22), atendendo a um pedido da Polícia Federal (PF), que alegou possível risco de fuga por parte do ex-presidente. A solicitação da PF foi endossada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e deferida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga a tentativa de golpe de estado.
Durante a audiência de custódia, Bolsonaro assegurou que não houve qualquer tipo de abuso ou irregularidade durante sua prisão. Ao ser questionado sobre a tentativa de danificar sua tornozeleira eletrônica, o ex-presidente alegou ter experimentado uma “certa paranoia” devido ao uso de medicamentos prescritos por seus médicos, especificamente pregabalina e sertralina.
Segundo Bolsonaro, essa “paranoia” o levou a acreditar que a tornozeleira continha um dispositivo de escuta. Ele então tentou abrir a tampa do equipamento utilizando um ferro de solda, motivado por uma alucinação.
O ex-presidente também negou veementemente qualquer intenção de fuga. Ele mencionou que a vigília organizada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, está localizada a aproximadamente 700 metros de sua residência, o que, segundo ele, impossibilitaria qualquer tumulto que pudesse facilitar uma eventual fuga.
Bolsonaro afirmou que, no momento em que tentou danificar a tornozeleira na sexta-feira (21), estava na companhia de sua filha, um irmão e um assessor. No entanto, ele alegou que nenhum deles testemunhou sua ação.
Ainda neste domingo (23), a esposa de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, está autorizada a visitá-lo, após permissão concedida pelo STF.
O ex-presidente já se encontrava em prisão domiciliar desde agosto, em decorrência do descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF. Em setembro, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma organização criminosa que teria planejado um golpe de estado após as eleições de 2022.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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