No Rio de Janeiro, a 4ª Marcha Trans & Travesti tomou as ruas dos Arcos da Lapa no último sábado, com o tema “Independência não Morte”. O evento teve como objetivo central denunciar e combater a violência sistemática enfrentada por pessoas trans e travestis no Brasil, país considerado o mais letal para essa população em todo o mundo.
Os participantes da marcha reivindicaram apoio às organizações que, com recursos limitados, se dedicam a reverter esse cenário alarmante. A garantia e a ampliação de direitos para a população trans e travesti também foram pautas centrais do evento.
O coordenador-geral da marcha, Gab Van, ressaltou a importância da mobilização frente ao que considera ataques da extrema-direita, que, segundo ele, nega a existência da comunidade trans e é financiada por recursos substanciais.
Durante a marcha, a Defensoria Pública do Rio montou um posto de atendimento para realizar a retificação do nome civil de pessoas trans. Karyn Cruz, uma das participantes, celebrou a iniciativa, destacando a importância de espaços como esse para o protagonismo e a reafirmação da inserção da população trans na sociedade.
A atriz Frida Resende também marcou presença na marcha, expressando o orgulho de ser uma mulher travesti. Ela enfatizou a importância do evento para garantir a continuidade da existência da comunidade trans e afirmou que a marcha representa a sua liberdade.
Dados do Dossiê “Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2024”, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), revelam que a expectativa de vida da população trans é de apenas 35 anos, contrastando com a média nacional, que ultrapassa os 75 anos. O estudo também aponta que, em 2024, a média de idade das vítimas de assassinato foi de 32 anos, sendo a maioria (78%) pessoas trans pretas e pardas, com 49% das vítimas entre 18 e 29 anos.
Além da retificação do nome civil, a Secretaria estadual de Saúde, em parceria com o ambulatório trans do Hospital Universitário Pedro Ernesto, ofereceu serviços como testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e emissão de ofícios de gratuidade para a obtenção de segunda via de documentos para casamentos e uniões estáveis.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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