Dez estados brasileiros e o Distrito Federal alcançaram um marco significativo no terceiro trimestre deste ano, registrando as menores taxas de desemprego desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012.
Os estados que alcançaram este patamar são Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. O resultado coloca essas unidades federativas em sintonia com o desempenho nacional, que também registrou a menor taxa de desocupação da série histórica, atingindo 5,6% no mesmo período.
Apesar de não figurar na lista dos estados com o menor desemprego já registrado, Santa Catarina se destaca ao lado do Mato Grosso, com a menor taxa de desocupação do país, ambas em 2,3%. Em Santa Catarina, este índice representa uma leve alta em relação ao segundo trimestre, quando a taxa foi de 2,2%, variação considerada estável pelo IBGE.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, responsável pelos dados, investiga o mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, considerando diversas formas de ocupação, incluindo empregos com e sem carteira assinada, trabalhos temporários e por conta própria. O IBGE considera como desocupada a pessoa que procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa. Para a coleta de dados, são visitados 211 mil domicílios em todo o país.
Ao analisar o cenário dos estados com menores taxas de desocupação, William Kratochwill, analista da pesquisa, ressalta que esses estados historicamente apresentam patamares inferiores. “A estrutura econômica dessas regiões é a principal explicação para terem números tão baixos, porque cada um tem uma característica diferente”, afirma. Ele destaca que Santa Catarina, por exemplo, possui o maior percentual de pessoas empregadas na indústria.
Em relação aos estados do Nordeste, que apresentam taxas de desemprego mais elevadas, o analista do IBGE aponta para o menor desenvolvimento econômico da região e a baixa escolaridade como fatores contribuintes. “Isso talvez seja um empecilho para que se desenvolva mais economicamente, uma vez que falta mão de obra qualificada para a economia crescer”, explica.
O levantamento também revela que oito estados apresentam um percentual de empregados com carteira assinada no setor privado superior à média nacional (74,4%): Santa Catarina (88,0%), São Paulo (82,8%), Rio Grande do Sul (82,0%), Mato Grosso do Sul (80,8%), Paraná (80,7%), Mato Grosso (78,9%), Rio de Janeiro (76,7%) e Distrito Federal (76,3%). Por outro lado, sete estados não atingem 60% dos empregados com carteira assinada: Maranhão (51,9%), Piauí (52,4%), Paraíba (55,3%), Pará (56,8%), Acre (58,1%), Ceará (58,9%) e Bahia (59,3%).
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
Jornal Imprensa Regional O Jornal Imprensa Regional é uma publicação dedicada a fornecer notícias e informações relevantes para a nossa comunidade local. Com um compromisso firme com o jornalismo ético e de qualidade, cobrimos uma ampla gama de tópicos, incluindo: