Quatro prédios públicos, antes dedicados à saúde em Piracicaba, estão desativados e geram transtornos para a população. As antigas instalações, que incluíam uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e postos de saúde, foram fechadas pela prefeitura e agora acumulam problemas como abandono, insegurança e dificuldades de acesso a serviços médicos.
A antiga UPA da Vila Cristina, fechada em 2020, apresenta um quadro alarmante: portas arrombadas, vidros quebrados e salas alagadas. Moradores relatam odores fortes, descarte irregular de lixo, incluindo móveis, e aumento da insegurança na região. Um comerciante local, Álvaro Domingos Alves, descreve o local como foco de sujeira e proliferação de moscas. Sua esposa, Maria Tereza de Jesus Alves, afirma que evita passar por ali à noite devido à falta de iluminação e à presença de pessoas suspeitas.
Outra unidade desativada é o Caps AD do bairro Campestre, fechado desde dezembro de 2020. O prédio chegou a ser utilizado por uma entidade que atendia pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas a parceria com a prefeitura não foi renovada. Sérgio Teodoro, presidente da entidade, lamenta a situação, informando que a organização busca outro local para continuar o atendimento, que beneficia 17 famílias gratuitamente e tem uma lista de espera de mais de 400 famílias.
No Jardim Belvedere, o antigo posto de saúde foi demolido recentemente e o terreno anexado a uma área de lazer. A unidade atendia cerca de 3,5 mil pessoas, e a mudança para uma nova unidade de referência no Jardim Vitória tem causado dificuldades para moradores, especialmente idosos, devido à distância.
Na região do IAA, o antigo posto de saúde foi fechado em junho, sob a alegação de que a estrutura apresentava riscos para pacientes e funcionários. O atendimento foi transferido para o Centro de Saúde Santa Terezinha, aumentando o deslocamento da população.
Diante das críticas, o secretário de Saúde e vice-prefeito de Piracicaba, Sérgio Pacheco, informou que a prefeitura está trabalhando para solucionar os problemas. Segundo ele, há licitações em andamento para reformar ou substituir as unidades desativadas. A UPA da Vila Cristina deverá ser transformada em uma Unidade Básica de Saúde. No Belvedere, um novo imóvel foi alugado e está passando por adaptações, com previsão de entrega até o fim de 2025. O Caps AD do Campestre será transformado em uma UBS com serviços de pediatria, ginecologia e atendimentos especializados. Já o posto do IAA será reconstruído em uma nova área, com previsão de entrega até meados de 2026.
Fonte: g1.globo.com
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