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São Paulo registra 37,2ºC e novo recorde histórico de calor em dezembro

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A cidade de São Paulo foi palco de um evento climático notável neste domingo, 28 de dezembro, ao registrar uma temperatura em São Paulo de 37,2ºC. Esta marca não apenas superou os 36,1ºC registrados na última sexta-feira, mas estabeleceu um novo recorde de calor para o mês de dezembro desde o início das medições sistemáticas em 1943. O dado foi capturado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no Mirante de Santana, às 16h, evidenciando a intensidade de uma onda de calor que tem castigado grande parte da região Sudeste e áreas adjacentes do Brasil nos últimos dias. O fenômeno, impulsionado por uma persistente massa de ar quente, tem gerado preocupação e levantado debates sobre a adaptabilidade urbana e as tendências climáticas.

Recorde histórico e a amplitude da onda de calor

Neste último domingo de dezembro, a capital paulista viveu um dia de calor extremo, culminando no registro de 37,2ºC, a mais alta temperatura já aferida para o mês desde 1943. O ponto de medição, o Mirante de Santana, é uma referência histórica para o monitoramento climático da cidade, representando a série de dados mais longa e contínua disponível. Este novo pico superou a marca anterior de 36,1ºC, registrada apenas dois dias antes, na sexta-feira, 26, demonstrando a escalada da intensidade da onda de calor que atingiu a metrópole. A persistência de temperaturas elevadas tem desafiado os limites de conforto e saúde da população, colocando a infraestrutura da cidade sob estresse e exigindo medidas de adaptação imediatas.

O calor que se espalhou pelo estado e região

O fenômeno do calor intenso não se restringiu à cidade de São Paulo, mas se alastrou por grande parte do estado e da região Sudeste, alcançando níveis alarmantes. Municípios do interior e do litoral paulista também experimentaram temperaturas excepcionalmente altas. Pedro de Toledo, por exemplo, registrou um impressionante valor de 42,1ºC, posicionando-se entre os locais com o maior aquecimento. Miracatu não ficou muito atrás, atingindo 41,6ºC, enquanto Registro marcou 39,8ºC. Esses números ilustram a vasta extensão e a severidade da onda de calor, que transcendeu as fronteiras estaduais, afetando igualmente áreas de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A amplitude geográfica do evento ressalta a complexidade dos sistemas meteorológicos que o originaram e mantiveram por dias, impactando milhões de pessoas em diversas localidades.

Os mecanismos por trás da onda de calor

A onda de calor que levou São Paulo e outras regiões a temperaturas recorde é resultado de um fenômeno meteorológico conhecido como massa de ar quente estacionada. Este sistema de alta pressão atmosférica atua como uma espécie de “tampa” sobre a atmosfera, impedindo que o ar mais frio e úmido se eleve, dissipando-se ou dando origem a chuvas. Em vez disso, o ar é empurrado para baixo, comprimindo-se e aquecendo ainda mais – um processo conhecido como subsidência. Além disso, a presença de uma massa de ar quente estável por um longo período forma um bloqueio atmosférico, que impede a movimentação de frentes frias vindas do sul do continente, que normalmente trariam alívio térmico e chuvas.

Impactos e vulnerabilidade climática

As altas temperaturas prolongadas trazem uma série de impactos significativos para a sociedade e o meio ambiente. Do ponto de vista da saúde pública, o calor extremo aumenta o risco de desidratação, insolação e agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias, especialmente entre idosos, crianças e pessoas com condições médicas preexistentes. A demanda por energia elétrica dispara devido ao uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, podendo sobrecarregar as redes de distribuição e causar blecautes. Em regiões urbanas, o efeito das ilhas de calor intensifica ainda mais a sensação térmica, transformando as cidades em verdadeiros fornos. A longo prazo, a recorrência de tais eventos climáticos extremos reforça a discussão sobre a vulnerabilidade climática e a necessidade de planejamento urbano e políticas públicas mais resilientes.

Perspectivas futuras e estratégias de adaptação

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A recorrência de ondas de calor cada vez mais intensas e prolongadas, como a que atingiu São Paulo e o Sudeste, levanta sérias preocupações sobre as tendências climáticas globais e regionais. Cientistas alertam que eventos extremos como este podem se tornar mais frequentes e severos devido às mudanças climáticas e à intensificação do fenômeno El Niño. Diante desse cenário, é crucial desenvolver e implementar estratégias de adaptação. Isso inclui desde medidas individuais, como hidratação constante, uso de roupas leves e evitar exposição ao sol em horários de pico, até iniciativas governamentais. Entre elas, destacam-se a criação de mais áreas verdes nas cidades, a implementação de telhados e fachadas verdes, o melhor planejamento do uso do solo e a atualização das redes de energia e abastecimento de água para suportar picos de demanda. A conscientização pública e a educação sobre os riscos e as formas de proteção também são fundamentais para mitigar os impactos futuros.

Perguntas frequentes (FAQ)

O que causou esta onda de calor recorde em São Paulo?
Esta onda de calor foi primariamente causada por uma massa de ar quente e seca que se estacionou sobre grande parte da região Sudeste do Brasil. Este sistema de alta pressão atmosférica atuou como um bloqueio, impedindo a chegada de frentes frias e mantendo o ar quente preso perto da superfície. A compressão do ar para baixo (subsidência) também contribuiu para o aquecimento, elevando as temperaturas a níveis excepcionalmente altos por vários dias consecutivos, potencializada por outros fatores como o El Niño.

Qual foi o recorde anterior de temperatura para dezembro em São Paulo?
O recorde anterior de temperatura para o mês de dezembro na cidade de São Paulo, antes dos 37,2ºC registrados neste domingo (28), era de 36,1ºC. Essa marca havia sido estabelecida apenas dois dias antes, na sexta-feira (26), indicando uma rápida intensificação do calor nos dias que precederam o novo recorde histórico. Ambos os registros foram feitos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no Mirante de Santana, que mantém a série histórica de dados desde 1943.

Como as ondas de calor afetam a saúde das pessoas?
As ondas de calor podem ter sérios impactos na saúde humana. O calor excessivo pode levar à desidratação, exaustão por calor e, em casos mais graves, insolação, uma condição potencialmente fatal. Pessoas mais vulneráveis, como idosos, crianças pequenas, grávidas e indivíduos com doenças crônicas (cardíacas, respiratórias), estão em maior risco. Os sintomas incluem tontura, náuseas, fadiga, dor de cabeça e cãibras musculares. É fundamental beber bastante água, evitar atividades físicas extenuantes nos horários mais quentes e procurar ambientes frescos para minimizar os riscos.

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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br

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