“Mais informação, menos preconceito” foi o tema abordado na abertura da II Semana de Conscientização do Transtorno do Espectro do Autista (TEA), promovido pela Secretaria Executiva da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Osasco, no Centro de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Cefor).
As rodas de conversas foram divididas em dois blocos, sendo o primeiro mediado pela pedagoga e gerente do Atendimento Educacional Especializado da Secretaria de Educação (AEE), Érica Lemos, que participou juntamente com as psicólogas da Secretaria de Assistência Social, Maria Marta Alcântara e Priscila Odone, no diálogo com os pais “atípicos” (termo usual entre pais de crianças e adolescentes com autismo ou outros transtornos do desenvolvimento), Flávia Guedes Neves Felipe e Thiago Chagas Felipe sobre o “Atendimento Socioassistencial à Pessoa com Deficiência (PcD) em situação de violação de direitos”.
No segundo bloco, a enfermeira do Núcleo de Ensino do Serviço em Saúde, da Atenção Secundária, Alessandra de Lara Lima Moisés, coordenou a roda de conversa que teve participação de profissionais da Educação e da Saúde, que buscaram desmistificar preconceitos, reforçar a importância da garantia de direitos, inclusão social e terapias comportamentais mais eficazes para um maior desenvolvimento e qualidade de vida das pessoas autistas, além de criação e implementação de políticas públicas e promoção social em áreas como esporte, cultura e lazer para pessoas com deficiência.
A pedagoga Érica Lemos reforçou ainda os “Desafios da inclusão de estudantes com TEA no contexto escolar”, assim como a importância nas capacitações e acolhimento. “É importante falarmos de sensibilização, da acolhida, do manejo aos profissionais através de treinamentos e capacitações enfatizando a humanização, olhar do cuidado à família e a mãe, e a participação de profissionais das mais diversas áreas, da família e de toda uma coletividade”.
As profissionais da Atenção Secundária da Policlínica da Zona Norte, Cristina Valotta, terapeuta ocupacional, Simone Bonfante Mora, fonoaudióloga, Mônica Romualdo, nutricionista, e Patrícia Batista Marques, dialogaram sobre o tema nacional “Mais informação, menos preconceito”. Elas abordaram práticas baseadas em evidências na aplicação individualizada, na realidade de cada família e sobre interdisciplinariedade nas intervenções para o alcance efetivo dos objetivos do projeto terapêutico e utilizaram da ilustração do mito do caverna para mostrar a necessidade de não transformar o diagnóstico numa prisão e o quanto os profissionais podem mostrar o mundo fora da caverna.
Em uma atuação holística, apresentando ao público um olhar mais aprofundado dentro do contexto de acolhimento dos indivíduos com TEA em todos os espaços, familiares de autistas expuseram as vivências, os impactos e as adaptações que são precisam fazer num núcleo familiar com autista.
“O evento foi fantástico! Tivemos a participação de atores de diversas secretarias: Saúde, Educação, Assistência Social, além de famílias atípicas com autistas, com falas propositivas para o desenvolvimento e implementação de uma política no modelo biopsicossocial”, ressaltou Salomão Júnior, secretário executivo da pasta.
De acordo com levantamento apresentado no evento pelos mediadores, dados atuais do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Americano (CDC) apontam que existe 1 (um) para 36 nascimentos de autismo. E no Brasil, segundo indicadores do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) por amostragem, há aproximadamente 6 milhões de autistas.
Salomão destacou algumas políticas públicas implantadas pela atual administração para tornar Osasco mais inclusiva, como a emissão da Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autista (CIPTEA), pela Secretaria de Assistência Social; investimentos em novos projetos educacionais, com os teclados TIX e as mesas interativas e multidisciplinares, que beneficiam mais de 1.200 alunos com algum tipo de deficiência (intelectual, física, visual, auditiva, transtorno do espectro do autista e altas habilidades ou superdotação); a obrigatoriedade de inclusão da ‘fita quebra-cabeça’, símbolo mundial do autismo, nas placas de atendimento prioritário de estabelecimentos públicos e privados e transportes coletivos do município; a importância da criação da sede da Secretaria Executiva da Pessoa com Deficiência, localizada na Avenida Analice Sakatauskas, 204, no Jardim Bela Vista; a ampliação e modernização do serviço de Equoterapia, que ajuda no desenvolvimento cognitivo e motor de alunos atendidos por meio da rede municipal de ensino, entre outros investimentos e avanços no contexto geral da pessoa com deficiência.
Participaram do evento, a vice-prefeita, Ana Maria Rossi, secretários municipais, autoridades locais, membros de associações e entidades parceiras, entre outros convidados.
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