O homem de 22 anos preso em Santos por suspeita de atuar como armeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Caio Dantas Oliveira Júnior, é apontado pela Polícia Civil de Santos como um “especialista” em material bélico. Na casa onde ele morava, foram encontrados armas de diferentes calibres, centenas de cartuchos de munição, um kit para transformar pistolas em armas longas e coletes balísticos.
Segundo uma autoridade da Polícia Civil de Santos, Caio Dantas era responsável por armazenar as armas e fazer pequenos ajustes e reparos. A suspeita é que ele também participasse de compras das armas.
“É armeiro do PCC, é um cara muito forte no partido. Ele cuidava de toda a parte relacionada a armas da facção. Ele conhecia muito”, afirma.
A polícia encontrou Caio Dantas ao cumprir um mandado de busca e apreensão, expedido pela 1ª Vara Criminal de Santos, no endereço em que ele vivia com a companheira, que é menor de idade. O mandado foi autorizado a partir de informações de que ele seria integrante e estaria armazenando armamentos para o PCC.
Quando chegaram ao local, além dos armamentos, os policiais encontraram Caio Dantas dormindo em um carro, ao lado do amigo Bruno Kayke Amorim de Souza, que também foi preso, por suspeita de participação em assaltos.
De acordo com a polícia de Santos, Caio Dantas é suspeito de envolvimento em uma troca de tiros com a Polícia Militar no último dia 19/1, no bairro Vila Nova. Na ocasião, ele teria fugido em direção ao Monte Serrat.
Prisão
Ao chegarem ao endereço para cumprir o mandado de busca, os policiais, coordenados pela Delegacia Seccional de Santos, se depararam com uma adolescente, que, após insistência, admitiu ser companheira de Caio, mas negou que ele estivesse no local.
Em um armário, foram encontrados uma pistola 9mm, quatro carregadores, centenas de cartuchos de munição, um kit usado para transformar pistola em arma longa, dois coletes balísticos e cinco celulares. O material foi apreendido.
Ao fazer uma varredura pelo imóvel, a equipe encontrou os suspeitos escondidos em um carro estacionado na garagem. Questionados pelos policiais, eles negaram que as armas eram suas e disseram que estavam no veículo “descansando”. Levados à delegacia, permaneceram em silêncio.
“Perto da casa tinha um estacionamento gigante, um pátio. Ali fizeram um monte de alojamentos. Ele morava em um deles com a esposa. Só que, nesse dia, segundo informações, ele estava com o amigo praticando assaltos e acabaram dormindo no carro”, diz uma autoridade da polícia de Santos.
Fonte: METRÓPOLES
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