© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Onu lança guia para combater violência digital contra mulheres

A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um guia abrangente com o objetivo de capacitar mulheres na prevenção e combate à violência no ambiente digital. A iniciativa foi lançada em 25 de novembro, em alusão ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher.

A data reverencia a memória das irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, figuras emblemáticas da resistência ao regime ditatorial de Rafael Trujillo na República Dominicana. O assassinato das irmãs em 1960, em virtude de sua oposição ao governo e luta por direitos e liberdades, inspirou a criação do dia internacional.

Entretanto, a violência contra a mulher, outrora circunscrita ao âmbito físico, expandiu-se para o mundo virtual, ganhando contornos alarmantes.

De acordo com dados da ONU, 38% das mulheres em todo o mundo já foram vítimas de alguma forma de violência online. A situação é agravada pela falta de legislação adequada em muitos países: menos de 40% das nações possuem leis que protegem as mulheres contra o assédio e a perseguição digital. Estima-se que aproximadamente 1,8 bilhão de mulheres e meninas não contam com qualquer proteção legal contra essas formas de agressão.

Jovens, jornalistas, ativistas e políticas são particularmente vulneráveis. As estatísticas revelam que uma em cada quatro jornalistas e uma em cada três parlamentares já sofreram violência digital.

O guia lançado pela ONU oferece orientações práticas para identificar os sinais da violência digital, os diferentes tipos de agressão, as medidas a serem tomadas após ser vítima e as redes de apoio disponíveis.

O dia 25 de novembro também marca o início da campanha Unite, uma iniciativa global da ONU que promove 16 dias de ativismo com foco no enfrentamento à violência virtual contra as mulheres.

Sob o lema “Não tem Desculpa”, a campanha tem como objetivo transformar a indignação pública em ações concretas, como a aprovação de leis mais eficazes e a remoção rápida de conteúdos prejudiciais da internet.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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