Sabesp — Foto: Divulgação

Falta de energia afeta abastecimento de água em São Paulo e região

ANUNCIO COTIA/LATERAL

A interrupção no fornecimento de energia elétrica, consequência das fortes chuvas e vendavais que assolaram a capital paulista e cidades da Região Metropolitana nos dias 9 e 10 de dezembro, continua a gerar impactos significativos no abastecimento de água para milhares de residências. A queda de eletricidade é o principal entrave, impedindo o funcionamento das estações de bombeamento e, consequentemente, a distribuição de água para os imóveis. A situação afeta não apenas os bairros diretamente sem energia, mas também áreas vizinhas, uma vez que reservatórios e sistemas de recalque paralisados atendem a uma vasta rede de consumidores. A recuperação é um processo gradual, demandando tempo e esforço coordenado para a normalização completa do serviço essencial.

Impacto inicial e recuperação gradual do abastecimento

Os recentes episódios climáticos, caracterizados por chuvas intensas e ventos fortes, provocaram um colapso em diversas redes de energia elétrica, com repercussões imediatas e graves no sistema de abastecimento de água. A falta de eletricidade impede que as bombas impulsionem a água dos mananciais e reservatórios para as redes de distribuição, deixando bairros inteiros sem o recurso. A complexidade do sistema hídrico significa que, mesmo após o restabelecimento da energia, a normalização do fornecimento não é instantânea, pois depende do tempo necessário para pressurizar as tubulações e encher as caixas-d’água domiciliares. Este processo é ainda mais lento em áreas elevadas ou distantes dos pontos de distribuição, que são os últimos a ter o serviço plenamente restabelecido.

Regiões com energia restabelecida e normalização do abastecimento

Com o esforço das equipes de manutenção, o fornecimento de energia elétrica foi gradualmente restabelecido em diversas localidades, marcando o início da recuperação do abastecimento de água. Na capital paulista, bairros como Carrão, Morumbi, Parque Savoy, Sacomã, Tucuruvi e Vila Mariana já tiveram a energia reativada. Similarmente, em Cotia (Atalaia), Osasco (Vila Iracema), Mairiporã (São Gonçalo) e Cajamar (Capital Ville), a eletricidade voltou, permitindo o reinício das operações de bombeamento.

Nestes locais, a retomada do abastecimento de água ocorre de forma progressiva. As bombas voltaram a funcionar, impulsionando a água pelas tubulações. No entanto, o retorno total depende do reabastecimento de toda a rede e das caixas-d’água dos consumidores. Imóveis localizados em pontos mais altos ou distantes dos reservatórios podem demorar mais para sentir a normalização completa do serviço, visto que a água precisa percorrer todo o trajeto, enchendo as tubulações e reservatórios ao longo do caminho. A paciência e o consumo consciente são fundamentais durante esta fase de transição.

Desafios persistentes e localidades ainda afetadas

Apesar dos avanços na recuperação de algumas áreas, a situação ainda é crítica em diversas regiões que permanecem sem o fornecimento regular de energia elétrica, comprometendo diretamente o abastecimento de água. A persistência da falta de eletricidade impede o funcionamento dos sistemas de bombeamento, prolongando o período de desabastecimento para os moradores. Esta instabilidade afeta tanto grandes cidades quanto bairros específicos, evidenciando a fragilidade da infraestrutura diante de eventos climáticos extremos. A demora na restauração da energia elétrica gera um efeito cascata, com impactos diretos na qualidade de vida e na rotina diária das famílias.

Áreas com sistemas de abastecimento ainda comprometidos

Na cidade de São Paulo, os sistemas de abastecimento de Americanópolis, Cangaíba, Parelheiros, Parque do Carmo, Vila Clara, Vila Formosa e Vila Romana continuam sem energia. Isso significa que, sem a força motriz para as bombas, o fornecimento de água nessas regiões permanece interrompido, gerando grandes transtornos para os residentes.

A Região Metropolitana também enfrenta desafios. As cidades de Itapecerica da Serra, Mauá e Santa Isabel estão totalmente impactadas pela falta de energia em seus sistemas de abastecimento. Em Santo André, a situação é de instabilidade no fornecimento elétrico, o que impede o bombeamento pleno e contínuo de água para o município.

Além disso, outras cidades têm bairros específicos severamente afetados: São Bernardo do Campo (Baeta Neves), Guarulhos (Pimentas), Cajamar (Polvilho e São Benedito), Mairiporã (Irara Branca, Vila Machado, Capuavinha e encosta da Cantareira) e Francisco Morato (Jardim Arpoador). Caieiras também tem seu centro comprometido. A extensão desses problemas ressalta a necessidade de um plano de contingência robusto para mitigar os efeitos de futuras interrupções.

A complexidade da recuperação do abastecimento de água

Arlindo vendas de Apartamento

A recuperação do sistema de abastecimento de água, após um longo período sem energia elétrica para as estações de bombeamento, é um processo complexo e intrinsecamente gradual. Diferente da energia elétrica, que, ao ser restabelecida, volta praticamente à velocidade da luz, a água precisa percorrer fisicamente todo o caminho das tubulações. Isso significa que ela deve encher cada trecho da rede, reservatórios e, finalmente, as caixas-d’água de cada residência e edifício ao longo do percurso. Quanto maior o tempo de interrupção, maior é a demanda acumulada por água e mais demorada se torna a recuperação do sistema em sua plenitude.

É por essa razão que a normalização completa leva horas e, em alguns casos, até dias. A vazão e a pressão da água aumentam progressivamente, mas a capilaridade da rede exige que o processo seja lento e metódico. Para minimizar os impactos durante essa fase crítica, é crucial que os clientes pratiquem o consumo consciente da água armazenada em seus reservatórios domiciliares. O Decreto Estadual 12.342/78 exige que os imóveis residenciais possuam caixas-d’água, o que ajuda a amortecer os efeitos de interrupções, mas um uso racional é sempre bem-vindo. Em situações de emergência, especialmente para unidades de saúde e de ensino, caminhões-pipa estão sendo acionados para garantir o suprimento vital.

Conclusão

A situação do abastecimento de água na capital paulista e em diversas cidades da Região Metropolitana permanece desafiadora, com interrupções decorrentes da persistente falta de energia elétrica. Embora a energia já tenha sido restabelecida em algumas áreas, permitindo a gradual normalização do fornecimento de água, muitas localidades ainda enfrentam dificuldades significativas. A complexidade da rede de distribuição hídrica impõe um ritmo lento à recuperação, demandando paciência e colaboração dos consumidores. É fundamental que a população mantenha-se informada e adote práticas de consumo consciente para mitigar os efeitos da crise.

FAQ

Por que a água demora a voltar mesmo após o restabelecimento da energia?
A água não retorna instantaneamente como a energia elétrica. Ela precisa percorrer fisicamente toda a rede de tubulações, reabastecendo reservatórios e caixas-d’água ao longo do caminho. Este processo é gradual e leva tempo, especialmente em áreas mais altas ou distantes.

O que devo fazer para economizar água durante o período de normalização?
É essencial usar a água armazenada em sua caixa-d’água de forma consciente. Priorize usos essenciais como higiene pessoal e preparação de alimentos. Evite lavar carros, calçadas ou regar jardins até a completa normalização do abastecimento em sua região.

Quais são os canais de atendimento disponíveis para obter informações ou solicitar ajuda?
Você pode entrar em contato gratuitamente pelo telefone 0800-055-0195, enviar uma mensagem de texto para o WhatsApp oficial no número (11) 3388-8000 ou acessar a Agência Virtual no site oficial da empresa.

Em caso de dúvidas ou necessidade de informações adicionais sobre o abastecimento em sua região, entre em contato pelos canais de atendimento disponíveis para obter assistência.

Fonte: https://jornaldigitaldaregiaooeste.com.br

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