© Fernando Frazão/Agência Brasil

Dia nacional do samba celebra a tradição e história brasileira

O Brasil celebra nesta terça-feira, 2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba, um ritmo musical de profunda significância cultural e histórica. Nascido das raízes africanas trazidas ao país por pessoas escravizadas, o samba se consolidou como uma das maiores expressões artísticas brasileiras.

A data comemorativa surgiu de uma iniciativa em Salvador, Bahia, para homenagear o compositor mineiro Ary Barroso, famoso pela canção “Na Baixa do Sapateiro”, por sua primeira visita à cidade. A celebração logo se expandiu para todo o território nacional.

“Pelo Telefone”, do compositor Donga, é considerado o primeiro samba a ser gravado. O ritmo rapidamente ganhou popularidade, evoluindo e incorporando influências de diversos estilos e tradições regionais. Apesar de suas origens na cultura negra, a disseminação do samba enfrentou preconceito e associações com a marginalidade.

Jorginho do Império, com mais de 50 anos dedicados ao samba, testemunhou muitos desses momentos desafiadores. O sambista relata um episódio de discriminação sofrido na infância: “Meu pai comprou um pandeiro para mim. Aí veio o Carnaval, eu saí todo empolgado com meu pandeirinho debaixo do braço para desfilar na Presidente Vargas. Quando eu passo ali, um soldado do Exército veio e disse que eu não podia levar aquele meu instrumento e prendeu. Eu perdi meu primeiro instrumento ali, que era um pandeiro. Então, tinha muita repressão, era muita coisa, era muito complicado, não era fácil, né?”.

O Rio de Janeiro é amplamente reconhecido como o berço do samba no Brasil. Em 2007, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu três vertentes do samba carioca como patrimônio cultural: as rodas de partido-alto, o samba de terreiro e o icônico samba-enredo.

Grandes nomes como Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e Beth Carvalho se tornaram ícones do gênero, influenciando a música brasileira e mundial.

O samba continua a ser celebrado em rodas tradicionais, shows, ensaios e, claro, nos grandiosos desfiles de Carnaval.

Finalizando, Jorginho do Império compartilha: “Vai ter que amar a liberdade, só vai cantar em tom maior, vai ter a felicidade de ver um Brasil melhor”.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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