Delegado descarta liderança de jovem em roubo milionário em ribeirão preto

Júlia Moretti, presa sob suspeita de envolvimento no roubo de joias em um prédio de alto padrão em Ribeirão Preto, não era uma das líderes da organização criminosa, segundo o delegado André Baldocchi. Apesar de sua participação ativa no planejamento e execução do crime, a investigação aponta que ela foi cooptada pelo grupo.

O roubo, ocorrido no final de setembro, teve como alvo um condomínio de luxo no centro de Ribeirão Preto. Na ocasião, prestadores de serviço e moradores foram rendidos, e seis apartamentos foram invadidos. Joias foram subtraídas das residências.

De acordo com as investigações, Júlia foi responsável por parte da logística do crime, como o aluguel de um apartamento no nono andar do prédio, utilizando documentos falsos. Esse apartamento facilitou a entrada e saída dos criminosos no condomínio. Ela não usou disfarces durante a ação.

A prisão de Júlia ocorreu dois meses após o crime, em Araçatuba, onde ela reside. Ela se entregou à Polícia Civil, mas preferiu permanecer em silêncio, sem fornecer detalhes sobre o assalto.

Com a prisão de Júlia, 15 dos 17 suspeitos identificados estão agora sob custódia preventiva. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. Um homem e uma mulher permanecem foragidos.

Segundo o advogado de defesa de Júlia, ela trabalhava como acompanhante de luxo e teria sido contatada para participar do roubo durante um encontro. Ele alega que, após ser convidada, ela foi coagida a prosseguir no plano, sob ameaças contra sua filha. Inicialmente, ela tiraria fotos do apartamento usado para acessar o prédio das vítimas, mas as ameaças a forçaram a continuar.

As investigações revelaram que a quadrilha alugou o imóvel no condomínio usando documentos falsos e um valor de caução de R$ 12 mil. Após a venda das joias roubadas, cada membro do grupo teria recebido cerca de R$ 15 mil. Estima-se que o prejuízo total das vítimas ultrapasse os R$ 4 milhões.

Fonte: g1.globo.com