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Produtores de búfalos no interior paulista estão implementando novas estratégias para otimizar a produção de leite, especialmente durante os meses mais quentes. Em Itapetininga, criadores têm buscado aprimoramento técnico em áreas como manejo, reprodução e nutrição dos animais, visando manter a produtividade mesmo em condições climáticas desafiadoras.
Alessandro Dezembro, criador da raça murrah, que se destaca por sua resistência e temperamento dócil, possui um rebanho de 50 búfalas em lactação. Anteriormente, ele enfrentava quedas na produção durante o calor, mas essa realidade mudou após a implementação de técnicas de inseminação artificial, identificação de animais com problemas de reprodução e otimização da dieta do rebanho.
A pesagem regular do leite se tornou uma prática essencial, permitindo o acompanhamento do desempenho individual de cada animal. Diversos fatores, como genética, manejo, sanidade e o uso estratégico de hormônios, influenciam diretamente a produtividade. No sítio de Alessandro, a ordenha é realizada duas vezes ao dia e, em períodos favoráveis, a produção total já alcançou a marca de 500 litros diários.
Em Alambari, o produtor Massatoshi Escuro também colheu resultados positivos ao adotar orientações técnicas. A média de produção saltou de aproximadamente cinco litros para seis litros e meio por animal. Em momentos de pico, o rebanho, composto por mais de 30 matrizes, chegou a produzir 170 litros por dia, enviados para uma cooperativa local.
Apesar das variações sazonais, os criadores concordam que o investimento em um manejo mais técnico tem proporcionado avanços significativos tanto na qualidade quanto na quantidade do leite de búfala. A implementação de práticas aprimoradas tem se mostrado um caminho promissor para garantir a sustentabilidade e o crescimento da atividade leiteira na região.
Fonte: g1.globo.com