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Chuva de granizo em Jundiaí causa queda de árvores e grandes transtornos

ANUNCIO COTIA/LATERAL

Jundiaí, no interior de São Paulo, enfrentou um cenário de intensos transtornos neste domingo (28), quando uma forte chuva de granizo atingiu a cidade, acompanhada de ventos significativos. Os bairros Vila Alvorada e Vila Hortolândia foram particularmente afetados pela tempestade, que resultou em diversas ocorrências de queda de árvores e interrupção no fornecimento de energia elétrica. A Defesa Civil da região agiu prontamente, emitindo um alerta de chuva severa por volta das 18h, orientando a população sobre os riscos iminentes. A Rodovia Anhanguera também testemunhou o impacto da intempérie, com dezenas de motoristas buscando refúgio sob um viaduto para se protegerem da violenta precipitação de granizo. A situação climática extrema ressalta a vulnerabilidade da infraestrutura urbana frente a eventos naturais de grande intensidade.

A fúria do granizo e seus impactos imediatos

A tarde de domingo trouxe consigo uma tempestade que se manifestou com particular intensidade sobre Jundiaí. A chuva, inicialmente forte, rapidamente se transformou em uma precipitação de granizo, acompanhada de rajadas de vento que aumentaram o poder destrutivo do fenômeno. A Defesa Civil, atenta às condições meteorológicas, emitiu um comunicado crucial alertando para a severidade da chuva em toda a região. Este aviso se tornou um guia para muitos cidadãos que buscavam segurança diante do cenário adverso.

A Rodovia Anhanguera, uma das principais artérias viárias do estado, transformou-se em um ponto de refúgio temporário para muitos motoristas. Imagens registraram dezenas de veículos buscando abrigo sob um viaduto, uma cena que ilustra a intensidade da tempestade e o temor dos condutores diante da visibilidade reduzida e do risco de danos aos seus automóveis pelo granizo. A paralisação momentânea do tráfego na rodovia evidencia não apenas o perigo direto, mas também o efeito cascata em termos de mobilidade urbana e regional.

Árvores caídas e residências ameaçadas

O impacto mais visível da tempestade de domingo foi a queda de árvores em diversas localidades. O Jardim Guanabara e a Vila Alvorada foram alguns dos bairros onde esse tipo de ocorrência foi mais frequente, gerando bloqueios de vias e ameaçando estruturas. Até as 19h30, as autoridades não haviam registrado feridos, um alívio em meio à destruição.

No Jardim Guanabara, uma árvore de grande porte desabou sobre parte de uma residência e um caminhão estacionado. A moradora Isabela Lima presenciou o evento e descreveu os momentos de pânico: “Começou a chover muito forte, com muito vento, e a árvore começou a balançar. De repente, ela tombou sobre o caminhão do dono da casa, que acabou protegendo parte da residência. Se não fosse pelo caminhão, o estrago seria ainda pior”, relatou.

A família de Isabela ficou ilhada após a queda da árvore, que derrubou fios elétricos na rua, deixando a casa sem energia. A situação agravou-se pela dificuldade de acesso e pela interrupção dos serviços básicos. A moradora também salientou um ponto crítico: “É inacreditável que faz anos que pedimos para cortarem essa árvore. Agora, quem vai arcar com o prejuízo? Porque o prejuízo vai ser grande”, questionou, evidenciando uma lacuna na manutenção urbana e o potencial conflito sobre a responsabilidade pelos danos. A dimensão dos estragos e a urgência da remoção da árvore exigem uma resposta rápida e coordenada das equipes de emergência e dos órgãos municipais. A interrupção da energia elétrica e os riscos associados aos fios caídos demandam uma ação cautelosa por parte das concessionárias de serviço.

Uma sequência de adversidades: Sábado também teve problemas

O domingo de caos não foi um evento isolado. No sábado (27), a cidade de Jundiaí já havia sido atingida por outra tempestade, sinalizando um fim de semana de condições climáticas severas. A prefeitura municipal mobilizou equipes para atender a múltiplas ocorrências em diversas vias. As avenidas Nove de Julho, Carlos Salles Block e Prefeito Luiz Latorre, localizadas em bairros estratégicos como Anhangabaú e Vila das Hortênsias, foram cenários de incidentes.

Além das avenidas, ruas como Luiz Carlos Lopes Crizol (Santa Clara), Bela Vista (Bela Vista), Antonio Zandona (Jardim Pacaembu), Augusto Saccomani (Jardim Torres de São José) e Várzea Paulista (Torres de São José) também registraram problemas. A recorrência de tempestades em um curto período levanta questões sobre a resiliência da infraestrutura da cidade e a necessidade de medidas preventivas mais robustas. Os múltiplos pontos de atendimento demonstram a amplitude dos fenômenos e a capacidade de resposta das equipes municipais.

Situação crítica em Várzea Paulista

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A onda de transtornos climáticos não se limitou a Jundiaí. A cidade vizinha de Várzea Paulista também foi severamente afetada no domingo (28). A Vila Real, um dos bairros mais vulneráveis, testemunhou a queda de um barraco e o destelhamento de outras moradias. As famílias atingidas por esses incidentes ficaram desabrigadas, um drama social que se soma aos prejuízos materiais.

Para mitigar a situação de emergência, as autoridades municipais de Várzea Paulista anunciaram que as famílias desabrigadas seriam direcionadas para um ginásio da cidade, onde receberiam o suporte necessário. A mobilização de abrigos temporários é uma medida essencial para garantir a segurança e o bem-estar dos afetados, oferecendo-lhes um local seguro e assistência básica enquanto suas moradias são avaliadas ou reconstruídas. A fragilidade das estruturas em áreas como a Vila Real expõe a urgência de políticas habitacionais e de planejamento urbano que considerem os riscos climáticos.

Conclusão

Os eventos climáticos extremos que assolaram Jundiaí e Várzea Paulista neste fim de semana de 27 e 28 de janeiro servem como um alerta contundente sobre a crescente intensidade e frequência de fenômenos naturais. A chuva de granizo e os fortes ventos deixaram um rastro de destruição, com quedas de árvores, danos a residências e interrupções em serviços essenciais, como a energia elétrica. A atuação da Defesa Civil e a resposta dos municípios, embora imediatas, ressaltam a necessidade de um planejamento de longo prazo e investimentos em infraestrutura mais resiliente. A vulnerabilidade de certas áreas e a preocupação dos moradores com a manutenção pública, como no caso da árvore no Jardim Guanabara, evidenciam lacunas que precisam ser endereçadas. É fundamental que as comunidades e os governos locais trabalhem em conjunto para fortalecer as estratégias de prevenção, mitigação de riscos e resposta a desastres, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos diante de um futuro climático cada vez mais desafiador. A experiência recente sublinha a importância da comunicação eficaz, da preparação comunitária e da modernização dos sistemas de alerta para minimizar os impactos de futuras intempéries.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O que devo fazer em caso de queda de árvores na minha propriedade ou via pública?
Em caso de queda de árvore, é fundamental manter distância e evitar contato com fios elelétricos caídos. Acione imediatamente a Defesa Civil (número 199) e o Corpo de Bombeiros (número 193). Se houver interrupção de energia, contate a concessionária local. Evite tentar remover a árvore por conta própria.

2. Como a Defesa Civil de Jundiaí atua durante e após eventos climáticos severos?
A Defesa Civil monitora as condições meteorológicas, emite alertas preventivos, coordena ações de resgate e assistência, e avalia os danos. Após a tempestade, ela auxilia na remoção de escombros, na segurança de áreas afetadas e no suporte a desabrigados, trabalhando em conjunto com outras secretarias municipais e órgãos estaduais.

3. Quais medidas preventivas posso tomar para proteger minha casa e minha família de tempestades de granizo e ventos fortes?
Verifique regularmente a condição de telhados e calhas, reforce janelas e portas, e pode árvores que apresentem risco de queda próximo à sua residência, solicitando o serviço à prefeitura ou a profissionais qualificados. Mantenha um kit de emergência com lanternas, rádio a pilha, água potável e documentos importantes. Durante a tempestade, procure abrigo em local seguro, longe de janelas, e desligue aparelhos elétricos.

Para mais informações sobre como agir em situações de emergência ou para acompanhar as atualizações da Defesa Civil, visite o site oficial da prefeitura de Jundiaí.

Fonte: https://g1.globo.com

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