O último fim de semana de 2025 na região de Campinas, São Paulo, será marcado por uma intensa onda de calor, persistindo a tendência dos dias anteriores. A previsão do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp indica temperaturas elevadas, com máximas que podem atingir os 34°C, e uma novidade: a possibilidade de chuvas isoladas, especialmente ao final das tardes. Esse cenário climático, que já registrou o dia mais quente do ano na metrópole, eleva o alerta para a insolação. As autoridades de saúde reforçam a importância de cuidados preventivos e o reconhecimento dos sintomas para evitar complicações graves em um período de crescente demanda por atendimentos relacionados ao calor extremo.
Previsão do tempo para o fim de semana em Campinas
Onda de calor persiste com chances de chuva isolada
A região de Campinas continua sob a influência de uma onda de calor significativa, mantendo as temperaturas em patamares elevados. Este fenômeno climático é caracterizado por um período de ao menos cinco dias com temperaturas que superam a média histórica em, no mínimo, 5°C. Segundo os meteorologistas, a causa reside na atuação de uma massa de ar quente e seco, reforçada pela Alta Subtropical do Atlântico Sul. Este sistema funciona como um bloqueio atmosférico, dificultando o avanço de frentes frias e, consequentemente, a ocorrência de chuvas mais organizadas, resultando em um tempo abafado e com baixa umidade relativa do ar.
Detalhes da previsão para sexta, sábado e domingo
Para esta sexta-feira, dia 26, o céu da região de Campinas deve apresentar poucas nuvens, com predomínio de sol ao longo do dia. As temperaturas máximas podem alcançar os 34°C. O Cepagri, no entanto, destaca a chance de chuvas isoladas ao final da tarde, embora de forma pontual. A umidade relativa do ar tende a ser baixa, girando em torno de 35%, o que demanda atenção redobrada à hidratação.
Já para o sábado, dia 27, e o domingo, dia 28, a tendência é de manutenção das altas temperaturas, com termômetros variando entre 23°C e 34°C. A nebulosidade deve aumentar nesses dias, contribuindo para a sensação de abafamento. A possibilidade de chuvas isoladas se mantém, com maior probabilidade de ocorrência no final das tardes. A persistência do calor intenso, aliada à baixa umidade e à possibilidade de chuvas pontuais, reforça a necessidade de cuidados preventivos contra os efeitos do clima. Campinas, inclusive, registrou recentemente seu dia mais quente de 2025, com 36,3°C na quinta-feira, 25 de fevereiro, superando o recorde anterior de 36,1°C, de 19 de fevereiro, conforme dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro).
Alerta de saúde: o risco de insolação em meio à onda de calor
O que é insolação e por que ela é perigosa
A insolação é uma condição de saúde grave provocada pela exposição excessiva ao sol e ao calor intenso, levando ao superaquecimento do corpo. O Ministério da Saúde esclarece que ela ocorre quando a temperatura corporal ultrapassa os 40°C, comprometendo o mecanismo de transpiração e impedindo que o organismo consiga se resfriar naturalmente. Nesses quadros, o aumento rápido da temperatura corporal resulta na perda significativa de água, sais minerais e nutrientes essenciais para a manutenção do equilíbrio do organismo. A insolação é uma emergência médica que pode ser fatal e, se não tratada imediatamente, pode causar danos irreversíveis ao cérebro, coração, rins e músculos, além de outras complicações sérias. O atendimento médico urgente é crucial aos primeiros sinais e sintomas para evitar o óbito e sequelas.
Causas, fatores de risco e grupos vulneráveis
A principal causa da insolação é a exposição prolongada e desprotegida ao sol e ao calor, que provoca um aumento rápido da temperatura corporal. Entre os exemplos mais comuns estão passar muito tempo em ambientes abertos como praias, clubes ou piscinas sem a devida proteção solar, praticar atividades físicas extenuantes sob o sol forte, usar excesso de roupas em dias quentes e a falta de hidratação adequada. Embora a prática regular de exercícios seja recomendada para a saúde, atividades exaustivas em condições de calor extremo podem ter o efeito inverso.
Certas populações são mais suscetíveis à insolação, incluindo crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas (como câncer, diabetes e hipertensão) e indivíduos com imunidade baixa (como transplantados e portadores de HIV/Aids). Além disso, outros fatores elevam o risco, tais como a ingestão inadequada de líquidos, o consumo excessivo de álcool ou cafeína, a presença de gastroenterites e o uso de alguns medicamentos, como diuréticos, antidepressivos, antipsicóticos ou remédios para pressão alta, que podem interferir na regulação térmica do corpo.
Reconhecendo os sintomas: dos primeiros sinais à emergência
Os sintomas da insolação, segundo o Ministério da Saúde, costumam aparecer gradualmente. Os sinais iniciais incluem dores de cabeça, tontura, náusea, pele quente e seca, pulso rápido, temperatura corporal elevada, distúrbios visuais e confusão mental. É fundamental não ignorar esses primeiros avisos do corpo.
Dependendo do tempo e da intensidade da exposição ao sol e ao calor, os sintomas podem se agravar rapidamente, progredindo para quadros mais severos que demandam intervenção médica urgente, podendo levar ao coma e, em casos extremos, à morte. Sinais de insolação grave incluem respiração rápida e difícil, palidez ou desmaio, convulsões, uma temperatura corporal muito elevada, extremidades arroxeadas e fraqueza muscular. Ao observar qualquer um desses sintomas, especialmente os mais severos, é imprescindível buscar ajuda médica de emergência de forma imediata.
Primeiros socorros e medidas preventivas essenciais
Em casos de insolação, o objetivo principal dos primeiros socorros é baixar a temperatura corporal da pessoa de forma lenta e gradual até a chegada de auxílio médico. As orientações incluem:
Remover a pessoa: Leve-a imediatamente para um local fresco, à sombra e bem ventilado.
Remover roupas: Retire o máximo de peças de roupa para facilitar a dissipação do calor.
Repouso e hidratação (se consciente): Se a pessoa estiver consciente, mantenha-a em repouso, recostada com a cabeça elevada, e ofereça bastante água fria ou gelada, ou qualquer outro líquido não alcoólico.
Resfriamento externo: Borrife água fria delicadamente por todo o corpo da pessoa.
Compressas frias: Aplique compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas.
Imersão: Assim que possível, a pessoa deve ser imersa em um banho frio ou envolvida em panos ou roupas encharcadas.
Em situações graves, o atendimento médico de emergência é inadiável. Leve a pessoa imediatamente a um hospital ou solicite apoio de urgência e emergência, como o SAMU (192). Para prevenir a insolação, algumas medidas são cruciais: evite a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, use roupas leves e de cores claras, aplique protetor solar com FPS 30 ou superior, beba muitos líquidos (evitando o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, que causam desidratação) e priorize o consumo de comidas leves, como frutas e verduras.
Cuidados intensificados diante do cenário climático
Diante do persistente calor e da projeção de chuvas isoladas para o último fim de semana de 2025 em Campinas, a atenção à saúde se torna primordial. O risco de insolação é real e exige medidas preventivas rigorosas, como hidratação constante, proteção solar e a busca por ambientes frescos. É fundamental que a população reconheça os sintomas da insolação e saiba como agir em casos de emergência, garantindo uma assistência rápida e eficaz. A colaboração de todos na adoção desses cuidados é essencial para mitigar os impactos do clima extremo e assegurar o bem-estar durante este período, minimizando a pressão sobre os serviços de saúde que já registram um aumento nos atendimentos relacionados ao calor.
FAQ
O que caracteriza uma onda de calor?
Uma onda de calor é definida quando as temperaturas médias ficam ao menos 5°C acima do usual por um período igual ou superior a cinco dias consecutivos. Esse fenômeno é frequentemente associado à atuação de sistemas de bloqueio atmosférico, como a Alta Subtropical do Atlântico Sul, que impede a passagem de frentes frias e chuvas mais organizadas, resultando em calor intenso e tempo abafado.
Quais são os primeiros sinais de insolação?
Os primeiros sintomas de insolação geralmente incluem dores de cabeça, tontura, náusea, pele quente e seca, pulso rápido, elevação da temperatura corporal, distúrbios visuais e confusão mental. É crucial estar atento a esses sinais e procurar auxílio imediatamente, pois a condição pode se agravar rapidamente.
Quem são os mais vulneráveis à insolação?
Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas (como câncer, diabetes e hipertensão) e indivíduos com baixa imunidade (transplantados e portadores de HIV/Aids) são os grupos mais vulneráveis à insolação. No entanto, qualquer pessoa exposta de forma prolongada ao sol e ao calor intenso sem a devida hidratação e proteção pode sofrer com a condição, especialmente durante atividades físicas extenuantes.
Qual a importância da hidratação para prevenir a insolação?
A hidratação é vital na prevenção da insolação, pois ajuda o corpo a regular sua temperatura através da transpiração. Beber bastante água fria ou outros líquidos não alcoólicos, de forma regular e abundante, repõe os fluidos perdidos e evita que o organismo superaqueça. A desidratação é um fator de risco significativo, especialmente em dias de calor intenso e baixa umidade do ar.
Mantenha-se informado sobre as condições climáticas e siga as recomendações de saúde para garantir um fim de ano seguro e saudável. Para mais dicas e atualizações, acompanhe as notícias da sua região e proteja-se do calor.
Fonte: https://g1.globo.com
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