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O Brasil planeja estabelecer um fundo inovador destinado a impulsionar a transição energética em nações em desenvolvimento. A iniciativa, que utilizará recursos provenientes da exploração de petróleo, foi anunciada pelo presidente Lula durante a abertura da segunda sessão temática da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém.
Reconhecendo o petróleo como um combustível fóssil crucial, mas também como uma fonte significativa de emissões de gases poluentes, o presidente Lula enfatizou a urgência de abandonar essa fonte de energia, afirmando que o planeta “não comporta mais” o uso contínuo de combustíveis fósseis.
Em um discurso direcionado a líderes globais, Lula propôs uma abordagem transformadora, sugerindo a “troca de dívida por financiamento de iniciativas” focadas na mitigação das mudanças climáticas e na transição para energias limpas. Essa estratégia audaciosa não apenas abordaria a crise climática, mas também contribuiria para o combate à pobreza energética.
Além disso, o presidente Lula destacou como os conflitos globais atuais representam um obstáculo significativo aos esforços globais em prol do clima.
O debate em torno dos minerais críticos, como lítio, cobalto e nióbio, que desempenham um papel fundamental na fabricação de baterias e outras tecnologias de energia limpa, também foi levantado pelo presidente. Lula enfatizou a importância de uma discussão aprofundada sobre esses recursos essenciais para a transição energética.
Ao defender a diversificação das matrizes energéticas, a expansão das fontes renováveis e a rápida adoção de combustíveis sustentáveis, Lula sublinhou que a concretização desses objetivos depende do compromisso ativo dos países em relação a metas ambiciosas.
Refletindo sobre o Acordo de Paris, que completará uma década em 2025, o presidente brasileiro apontou que, apesar do acordo histórico, a dependência global de combustíveis fósseis diminuiu apenas marginalmente, passando de 83% para 80% na matriz energética global. Essa constatação reforça a necessidade urgente de ações mais ousadas e coordenadas para acelerar a transição para um futuro energético sustentável.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br