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A rica tradição da arte cordelista é o centro das atenções no Rio de Janeiro, onde o I Congresso Internacional de Literatura de Cordel e o II Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel estão sendo realizados até esta quarta-feira (26). A Fundação Casa de Rui Barbosa, palco do evento, abriga um dos maiores acervos do gênero em toda a América Latina, com um impressionante número de mais de nove mil títulos.
Os cordéis, caracterizados por seus folhetos repletos de versos e poemas populares rimados, são uma manifestação cultural profundamente enraizada no Nordeste do Brasil.
O evento oferece uma programação diversificada, incluindo debates, apresentações culturais, exposições de acervos e atividades que celebram a força da palavra. Mesas redondas, lideradas por renomados cordelistas, exploram uma vasta gama de temas, conforme explica Ana Ligia Medeiros, coordenadora e curadora do congresso.
“Os temas são extremamente variados, abrangendo desde educação e biografias até diversidade, sexualidade, história e patrimonialização. É um espectro amplo de interesses”, afirma Medeiros.
A especialista ressalta ainda a importância fundamental do cordel como expressão cultural brasileira. “O cordel é uma manifestação genuinamente brasileira, com um valor educativo e informativo inestimável. Ele desempenha um papel crucial na formação das pessoas em lugares onde o acesso a livros é limitado, ou onde sua forma mais acessível facilita o contato com a leitura”.
A relevância da literatura de cordel é reconhecida oficialmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que a declarou Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Essa forma de arte continua vibrante e presente em feiras, mercados populares, saraus, escolas e redes de pesquisa, consolidando-se como um campo cultural dinâmico que transcende gerações e fronteiras.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br