A cidade de Bauru, no interior de São Paulo, foi palco de um brutal feminicídio na tarde da última sexta-feira, 26 de janeiro, que culminou na morte de Marcelly Thomaz Pinto, de 34 anos. O crime chocou a comunidade local, pois foi cometido na calçada, à vista do filho da vítima, de apenas oito anos. As investigações avançaram rapidamente, levando à prisão do principal suspeito, Adriano Nascimento, ex-companheiro da vítima. Contudo, um desdobramento crucial ocorreu: a atual companheira de Adriano Nascimento foi detida em posse da arma supostamente utilizada no assassinato. Este fato adiciona uma camada complexa ao caso, levantando questões sobre a extensão do envolvimento e a colaboração na ocultação do instrumento do crime, intensificando a busca por justiça para Marcelly.
O feminicídio em Bauru e a prisão do suspeito
Os fatos do dia do crime
Na tarde de sexta-feira, 26 de janeiro, a vida de Marcelly Thomaz Pinto foi interrompida de forma violenta na Rua São Gonçalo, localizada na Vila Universitária, em Bauru. A mulher, de 34 anos, foi alvo de disparos de arma de fogo e morreu na calçada de sua residência. O ato hediondo foi presenciado por seu filho de oito anos, um testemunho traumático que marca profundamente o caso e a vida da criança. O principal suspeito, Adriano Nascimento, ex-companheiro da vítima, fugiu do local imediatamente após efetuar os tiros. Em sua fuga, Adriano levou consigo a criança, que foi posteriormente localizada com familiares, em segurança, horas após o ocorrido. A brutalidade do crime, executado em plena luz do dia e na presença de uma criança, ressalta a urgência e a gravidade da violência de gênero que, infelizmente, continua a assolar o país, demandando respostas eficazes das autoridades e da sociedade.
A detenção de Adriano Nascimento e sua companheira
As diligências policiais foram intensificadas logo após o feminicídio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Adriano Nascimento, após o crime, deixou o veículo em um posto de combustíveis. Curiosamente, este mesmo posto era o local de trabalho de sua atual companheira. Foi neste estabelecimento que a mulher foi detida. Ela estava em posse da arma do crime, um revólver, e foi imediatamente presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A identidade dela não foi divulgada pelas autoridades. Pouco tempo depois da prisão de sua companheira, Adriano Nascimento foi localizado e detido pela polícia na Vila Industrial, bairro de Bauru. Ambos foram conduzidos às autoridades policiais para os procedimentos cabíveis. Adriano foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e autuado em flagrante pelo crime de feminicídio. Tanto ele quanto a atual companheira devem passar por audiência de custódia e permanecem à disposição da Justiça, enfrentando as acusações pertinentes que determinarão seus destinos legais.
Histórico de violência e as medidas protetivas
Um relacionamento marcado por agressões e medo
A tragédia que ceifou a vida de Marcelly Thomaz Pinto não foi um evento isolado, mas o ápice de um longo histórico de violência. Parentes da vítima, que estiveram no local do crime, revelaram que o relacionamento entre Marcelly e Adriano Nascimento, que durou pouco mais de oito anos, era permeado por um preocupante padrão de agressões. Segundo relatos, Marcelly já havia sido agredida em diversas ocasiões por Adriano. Em um episódio anterior, a violência foi tão severa que resultou na fratura do maxilar da vítima, uma agressão que, embora notificada à polícia na época, não resultou em prisão em flagrante. Tal fato gerou frustração e sensação de impunidade entre os familiares, que viam o agressor permanecer em liberdade. A gravidade dessas agressões prévias levou Marcelly a buscar amparo legal e obter uma medida protetiva contra Adriano, um recurso judicial que visa proteger vítimas de violência doméstica, proibindo o agressor de se aproximar ou manter contato.
A ineficácia da medida protetiva e a perseguição
Apesar da existência da medida protetiva, que deveria garantir a segurança de Marcelly, o ex-companheiro persistia em sua perseguição. De acordo A vítima, temendo por sua segurança e pela de seu filho, chegou a mudar de endereço em diversas ocasiões, buscando se esquivar da vigilância e das ameaças constantes do ex-parceiro. Infelizmente, nem as mudanças de residência nem a ordem judicial foram suficientes para deter a escalada da violência que culminou no feminicídio. Este cenário reforça a complexidade dos casos de violência doméstica e a dificuldade que muitas vítimas enfrentam para escapar do ciclo de abuso, mesmo com o amparo legal, e a importância de um monitoramento rigoroso e eficaz das medidas protetivas. O luto e o sofrimento são evidentes entre os entes queridos, que agora clamam por justiça diante de tamanha perda irreparável.
Desdobramentos e reflexões
O caso do feminicídio de Marcelly Thomaz Pinto em Bauru, com a subsequente prisão do ex-companheiro e da atual companheira em posse da arma do crime, mobilizou a Polícia Civil, que já iniciou uma investigação aprofundada dos fatos. A equipe encarregada buscará elucidar todos os pormenores do assassinato, desde a dinâmica dos tiros até o grau de envolvimento de cada um dos detidos, especialmente no que tange ao ocultamento e posse da arma. A análise das imagens de segurança da região e os depoimentos das testemunhas e dos próprios envolvidos serão cruciais para a construção do inquérito policial e para o direcionamento das futuras acusações. A colaboração da atual companheira na ocultação da arma pode configurar crimes adicionais, como favorecimento pessoal ou porte ilegal, dependendo da interpretação legal.
O corpo de Marcelly está sendo velado, A dor da família e amigos é palpável, e a comunidade de Bauru acompanha o desenrolar das investigações com grande apreensão, clamando por respostas e punição. Este trágico evento serve como um lembrete sombrio da persistência da violência contra a mulher no Brasil e da necessidade contínua de fortalecer mecanismos de proteção e conscientização. A violação de medidas protetivas, como ocorreu neste caso, destaca falhas no sistema de proteção e a urgência de aprimorar a fiscalização e as respostas das autoridades para garantir a segurança das vítimas. A expectativa é que a Justiça atue com rigor para que os responsáveis sejam devidamente punidos e para que a memória de Marcelly seja honrada com um julgamento justo e célere, prevenindo que tragédias semelhantes se repitam.
Perguntas frequentes (FAQ)
1. Quem é a vítima do feminicídio em Bauru?
A vítima é Marcelly Thomaz Pinto, de 34 anos. Ela foi morta a tiros na frente de seu filho de 8 anos na Rua São Gonçalo, Vila Universitária, em Bauru.
2. Quem são os suspeitos envolvidos no caso?
O principal suspeito é Adriano Nascimento, ex-companheiro de Marcelly. Sua atual companheira também foi presa em flagrante por porte ilegal da arma utilizada no crime.
3. Marcelly possuía medida protetiva contra o ex-companheiro?
Sim, Marcelly Thomaz Pinto já havia obtido uma medida protetiva contra Adriano Nascimento devido a um histórico de agressões anteriores, incluindo um episódio que resultou na fratura de seu maxilar.
Este caso, infelizmente, ilustra a persistente e brutal realidade do feminicídio em nosso país. Se você ou alguém que conhece está sofrendo qualquer tipo de violência, procure ajuda. Denuncie! Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 190 (Polícia Militar). Sua atitude pode salvar vidas.
Fonte: https://g1.globo.com
Jornal Imprensa Regional O Jornal Imprensa Regional é uma publicação dedicada a fornecer notícias e informações relevantes para a nossa comunidade local. Com um compromisso firme com o jornalismo ético e de qualidade, cobrimos uma ampla gama de tópicos, incluindo:

