Um incidente chocante abalou a tranquilidade do litoral paulista, onde um casal foi brutalmente assaltado no mar por criminosos utilizando uma moto aquática. O crime, ocorrido na Praia dos Milionários, em São Vicente, desencadeou uma extensa força-tarefa das autoridades de segurança pública. O foco principal da investigação sobre o assalto no mar é determinar a procedência da embarcação utilizada, visto que pistas iniciais indicam que os criminosos podem não ter partido das marinas locais. A audácia da ação, que incluiu agressões às vítimas, levantou sérias questões sobre a segurança aquática na região e intensificou a busca por Rael Fabiano Veiga Ungaretti, de 19 anos, já identificado como um dos envolvidos e considerado foragido da Justiça, enquanto a identidade de seu comparsa ainda é procurada.
A audácia do crime em alto-mar
O assalto ocorreu em pleno domingo, a cerca de 100 metros da faixa de areia da movimentada Praia dos Milionários. Um casal que desfrutava de um passeio de caiaque foi surpreendido por dois indivíduos em uma moto aquática, que agiram com violência e premeditação. O incidente, registrado em vídeo por testemunhas, expôs a vulnerabilidade dos frequentadores do mar e gerou grande repercussão.
O relato das vítimas e a violência sofrida
A mulher, de 47 anos, narrou os momentos de terror vividos no mar. Segundo seu depoimento, os criminosos se aproximaram com a moto aquática, realizando uma manobra brusca para jogar água no caiaque. Inicialmente, pediram desculpas, mas logo depois gritaram uma frase para outra moto aquática: “É casal”. Em seguida, anunciaram o assalto, exigindo as alianças. A dupla passou a andar em círculos ao redor do caiaque, desestabilizando a embarcação e intensificando o pânico. O marido, de 53 anos, tentou argumentar, informando que eram moradores da cidade, mas os criminosos perderam a paciência.
A situação escalou quando os agressores aproveitaram a queda de um dos remos no mar para iniciar uma série de agressões contra o marido. Ele foi atingido com o objeto na perna, costas, nuca e cabeça, sofrendo ferimentos significativos. A mulher descreveu o pânico, temendo que seu marido desmaiasse e se afogasse. Após as agressões, o casal entregou as alianças, e os assaltantes fugiram rapidamente, deixando um rastro de medo e indignação.
Imagens revelam a ação e a fuga dos criminosos
A gravação do assalto, feita por uma testemunha, foi crucial para a investigação. As imagens mostram o casal sendo abordado enquanto crianças brincavam tranquilamente na beira do mar, demonstrando a proximidade e a audácia do crime. O vídeo registra os criminosos em contato com as vítimas por alguns segundos, pegando os remos do caiaque. Em um momento chocante, um dos ladrões é visto agredindo uma das vítimas com o remo. Posteriormente, a dupla se afasta, levando os objetos roubados, mas logo os abandona no mar, acelerando a moto aquática para a fuga. A clareza das imagens permitiu a identificação de um dos ass autores do roubo.
A complexa busca pela origem da embarcação e pelos autores
Após o incidente, as autoridades mobilizaram-se em uma complexa investigação para rastrear a moto aquática e capturar os responsáveis. O fato de as marinas locais estarem fechadas no dia do crime adicionou uma camada de mistério à procedência da embarcação, direcionando os esforços para uma ampla fiscalização.
A investigação da força-tarefa e a fiscalização de marinas
Uma força-tarefa composta pela Polícia Militar (PM) e pela Guarda Civil Municipal (GCM) de São Vicente iniciou uma varredura nas marinas da cidade, localizadas entre os bairros Japuí e Parque Bitaru. Mais de dez estabelecimentos foram fiscalizados, e a ausência de embarcações nas águas no dia do assalto sugeriu que a moto aquática poderia ter vindo de outro local ou ter sido lançada ao mar de forma irregular. No entanto, a possibilidade de ter partido de um dos 19 estabelecimentos do tipo na cidade não foi completamente descartada.
Durante as fiscalizações, três marinas foram autuadas por falta de documentação, conforme informações de um oficial da PM. Ele ressaltou a continuidade dessas fiscalizações durante todo o verão, enfatizando a responsabilidade das marinas no caso de uso indevido de embarcações por pessoas não habilitadas. O objetivo é coibir irregularidades que possam facilitar a ocorrência de crimes ou o uso de veículos aquáticos para fins ilícitos.
O suspeito identificado e a busca pelo cúmplice
Graças às imagens do assalto, Rael Fabiano Veiga Ungaretti, de 19 anos, foi identificado como um dos criminosos e é atualmente procurado pela Polícia Civil, sendo considerado foragido da Justiça. A busca por ele se intensificou, enquanto as investigações prosseguem para identificar o segundo autor do roubo. A rápida identificação de um dos envolvidos oferece uma luz na apuração do caso, mas a captura de ambos é fundamental para o completo desvendamento do crime e a garantia de justiça às vítimas.
As respostas das autoridades e o clamor por segurança
Após o traumático evento, o casal assaltado recebeu o apoio de testemunhas. No entanto, a mulher expressou um sentimento de impunidade ao relatar que, ao buscar ajuda de um policial da Operação Verão, ouviu que não havia muito o que fazer. Embora tenha conseguido registrar um boletim de ocorrência online na delegacia, a vítima clamou por mais ação dos órgãos de segurança e dos políticos da região, enfatizando a necessidade de policiamento no mar.
Desafios na segurança aquática e o papel dos órgãos públicos
Em nota, a Polícia Militar informou que, em casos de infrações penais já consumadas e sem situação de flagrante, a medida adequada é o registro de ocorrência no Distrito Policial competente. Essa formalização visa subsidiar o planejamento de ações preventivas e apoiar as atividades investigativas da Polícia Civil.
A Prefeitura de São Vicente, por sua vez, comunicou que tem apoiado ativamente as investigações e promovido fiscalizações em marinas por meio de forças-tarefa e blitze surpresa com a PM. O objetivo é inibir irregularidades, como o aluguel de motos náuticas sem registro, que podem ser utilizadas em ações criminosas. A administração municipal também estuda novas regulamentações para o trânsito de embarcações em sua orla e oficializou os órgãos competentes, solicitando intensificação da fiscalização e monitoramento marítimo, especialmente na alta temporada.
A Capitania dos Portos de São Paulo, representante da Marinha do Brasil, afirmou não ter sido notificada oficialmente sobre o fato. O órgão destacou que realiza ações de inspeção naval na região, focando na segurança da navegação, salvaguarda da vida humana no mar e prevenção da poluição hídrica, conforme suas atribuições legais. Contudo, ressaltou que questões específicas de segurança pública, como o assalto em questão, são de competência dos órgãos de segurança pública, responsáveis pela apuração criminal e medidas cabíveis. O episódio ressalta a complexidade da segurança em ambientes aquáticos e a necessidade de uma atuação integrada e mais visível das diferentes esferas governamentais.
Perspectivas e o futuro da segurança aquática
O assalto ao casal em São Vicente serve como um doloroso lembrete da persistência da criminalidade e da necessidade de atenção redobrada, mesmo em ambientes inusitados como o mar. Enquanto a força-tarefa trabalha incansavelmente para desvendar a origem da moto aquática e capturar os responsáveis, a sociedade clama por medidas mais eficazes que garantam a segurança de todos os que buscam lazer nas águas costeiras. A fiscalização de marinas, a busca por regulamentações mais rigorosas e o aumento do policiamento marítimo são passos essenciais para restaurar a sensação de segurança e prevenir futuros crimes semelhantes. A colaboração entre as diferentes esferas de governo e a comunidade é crucial para enfrentar esses desafios e assegurar que incidentes como este não se repitam.
Perguntas frequentes
1. Onde e quando ocorreu o assalto?
O assalto aconteceu em um domingo recente, a aproximadamente 100 metros da faixa de areia da Praia dos Milionários, em São Vicente, no litoral de São Paulo.
2. Quem são os criminosos envolvidos e o que se sabe sobre eles?
Um dos criminosos foi identificado como Rael Fabiano Veiga Ungaretti, de 19 anos, que é considerado foragido da Justiça. A Polícia Civil continua as investigações para identificar e capturar o segundo autor do roubo.
3. Quais são as principais dificuldades na investigação do caso?
A principal dificuldade inicial é determinar a origem da moto aquática, já que as marinas da cidade estavam fechadas no dia do assalto, levantando a possibilidade de a embarcação ter vindo de outro local ou ter sido utilizada de forma irregular.
4. O que as autoridades estão fazendo para aumentar a segurança no mar?
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal estão realizando fiscalizações em marinas para coibir irregularidades. A Prefeitura de São Vicente apoia as investigações, estuda novas regulamentações para o trânsito de embarcações e solicitou à Marinha do Brasil um aumento na fiscalização e monitoramento marítimo, especialmente durante a alta temporada.
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Fonte: https://g1.globo.com
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